Aparelhos essenciais para os pacientes com os sintomas mais graves da Covid-19, os ventiladores respiratórios são recursos que não estão em abundância no Sistema Único de Saúde (SUS). Nem mesmo os países mais estruturados estavam preparados para a demanda que a pandemia do coronavírus traria para esses equipamentos. No Sistema Único de Saúde (SUS), em Sergipe, são 426 aparelhos do tipo à disposição, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Com aproximadamente 80% da população sergipana dependendo do SUS, atualmente há 2,4 ventiladores respiratórios para cada 10 mil habitantes. A SES informou que já está em processo para aquisição de mais 100 respiradores mecânicos – 30 deles vêm através do consórcio Nordeste, e outros 70 importados com recursos do próprio estado. A SES não informou a previsão de chegada dos aparelhos. Há ainda equipamentos do tipo na rede privada de saúde, mas nossa reportagem não conseguiu esses dados.
Os ventiladores são utilizados por aqueles pacientes que apresentam quadro agudo de insuficiência respiratória, um dos sintomas mais graves do coronavírus. Os equipamentos ajudam a empurrar o oxigênio para os pulmões e manter a respiração. Sem o aparelho, pacientes mais graves podem ter falência de órgãos e morrer.
A pandemia provocou uma corrida em todo o País para adquirir esses equipamentos. A situação é mais preocupante em cidades do interior. Segundo o Ministério da Saúde, 33% das cidades brasileiras possuem menos do que 10 respiradores. A aquisição dos aparelhos tem sido uma tarefa difícil, tanto pela demanda mundial, quanto pelo alto custo.
Em Sergipe, atualmente, há seis pacientes internados em leitos de UTI com a Covid-19. Quatro deles estão hospitalizados no SUS, e dois na rede privada. Oito mortes pela doença já foram confirmadas no estado.
Por Ícaro Novaes