Com 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, EUA esgotariam medicamento no mundo em 2020
julho 23, 2020SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (22), os Estados Unidos anunciaram que pretendem disponibilizar a potencial vacina da Pfizer contra o novo coronavírus gratuitamente para seus cidadãos. Ainda segundo o governo, a distribuição poderia começar ainda nesse ano, caso o medicamento mostre-se eficaz e seja aprovado pelos órgãos de saúde do país.
Como o Departamento de Saúde dos Estados Unidos (HHS, na sigla em inglês) havia comunicado no começo da semana, o país irá adquirir as primeiras 100 milhões de doses de vacina contra a doença produzidas pela farmacêutica Pfizer e sua parceira BioNtech.
O acordo entre o governo americano e as empresas ainda prevê a compra futura de mais 500 milhões de doses da vacina em 2021. Embora planos de saúde possam ser cobrados pelas doses, o HHS adiantou que o plano é que a vacina chegue para os americanos gratuitamente.
Vale dizer que todos os prazos são estimativas, já que dependem dos resultados finais dos testes e da aprovação da vacina pela Agência de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês), responsável pela liberação de novos medicamentos no país.
Um comunicado divulgado pela Pfizer informa que o valor da negociação foi de US$ 1,95 bilhão pelas 100 milhões de doses iniciais. Segundo o acordo com o governo americano, o valor apenas será pago se o medicamento for comprovadamente eficaz no combate à Covid-19.
Segundo o jornal alemão Deutsche Welle, a quantidade de doses adquiridas pelo governo dos EUA equivale a toda a capacidade de produção das empresas até dezembro de 2020, considerando que a vacina seja concluída e aprovada até lá.
Segundo as próprias empresas, 100 milhões é o limite de sua produção para este período. Ou seja, caso o medicamento seja eficaz, apenas os EUA terão a vacina da Pfizer neste ano.
Já para 2021, a farmacêutica disse que projeta uma produção de aproximadamente 1,2 bilhão de doses.