Choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes, diz Campos Neto

Choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes, diz Campos Neto

outubro 15, 2020 Off Por JJ

(Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 15, em palestra em evento promovido pela XP Investimentos, que o “choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes”.

No Brasil, em meio à pandemia do novo coronavírus e das preocupações do mercado financeiro em relação à sustentabilidade fiscal do país, o dólar acumula alta de cerca de 40% ante o real em 2020. Nesta quinta, mais cedo, a moeda americana à vista era negociada a R$ 5,6095.

Na palestra, o presidente do Banco Central repetiu uma série de mensagens dos documentos mais recentes do BC sobre política monetária. Conforme Campos Neto, “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.

“Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, registrou Campos Neto.

O presidente do BC também reafirmou que “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado” e que a instituição não tem a “intenção de reduzir o grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária”.

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