Butantan quer resposta do ministério sobre lote adicional de vacinas “o quanto antes”

Butantan quer resposta do ministério sobre lote adicional de vacinas “o quanto antes”

janeiro 28, 2021 Off Por JJ

Frascos com CoronaVac no Butantan (REUTERS/Amanda Perobelli)

SÃO PAULO (Reuters) – O Instituto Butantan disse nesta quarta-feira que espera “o quanto antes” uma resposta do Ministério da Saúde sobre o interesse na compra de um lote adicional de 54 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, e disse não ser possível se limitar “à frieza da burocracia” em meio a uma pandemia.

O comunicado foi uma resposta à nota divulgada pelo ministério na noite de quarta, afirmando que tem exclusividade contratual na compra de doses da CoronaVac importadas e produzidas pelo Butantan e prazo até 30 de maio para manifestar interesse no lote adicional.

A nota do ministério, por sua vez, foi uma reação à declaração do presidente do Butantan, Dimas Covas, também na quarta, de que, se o ministério não manifestar interesse no lote adicional até o final desta semana, o instituto direcionará sua produção para a venda a países vizinhos.

“O Instituto Butantan informa que enviou, por meio de sua entidade de apoio – Fundação Butantan – ofício ao Ministério da Saúde para que possa planejar logisticamente a sua produção com a devida antecedência. Durante a urgência de uma pandemia, não é possível se limitar à frieza da burocracia enquanto as ações de combate ao coronavírus podem ser mais ágeis”, disse o Butantan.

O contrato com o ministério prevê a entrega de 46 milhões de doses da CoronaVac à pasta até abril e uma opção para aquisição de mais 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões.

“O Instituto espera que o Ministério se manifeste o quanto antes mantendo o seu compromisso de aquisição de 100 milhões de doses. A prioridade do Butantan é e sempre foi atender à demanda brasileira pela vacina contra o novo coronavírus”, diz a nota.

Sobre a possibilidade de venda de doses da CoronaVac a outros países, o instituto afirmou que tem capacidade de produção de 40 milhões de doses extras para o mercado latino-americano.

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