BRF reduz prejuízo a R$ 38 mi e anuncia aquisição; M.Dias Branco lucra 140% mais e outros destaques
maio 11, 2020A BRF informou que teve um prejuízo de R$ 38 milhões no 1º trimestre deste ano. A empresa pagou R$ 204 milhões para encerrar uma ação judicial nos Estados Unidos e sofreu os efeitos da variação cambial no período, o que afetou a lucratividade. Mesmo com os efeitos adversos, a empresa teve expansão de 21% na receita líquida, para R$ 8,9 bilhões. Apesar da epidemia da Covid-19, a BRF aumentou as exportações de carnes de aves para a China e a Turquia. Já o Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI) comunicou que encerrou seu programa de recompra de ações, após ter comprado na B3 pouco mais de 3,3 milhões de ações ordinárias.
A BRF informou que teve um prejuízo de R$ 38 milhões no 1º trimestre de 2020, um resultado melhor que em igual período do ano passado, quando os prejuízos foram de R$ 101 milhões. A empresa informou que pagou R$ 204 milhões para encerrar uma ação judicial nos Estados Unidos, enquanto seus resultados foram afetados pelos impactos da forte desvalorização do real frente ao dólar – parte da dívida da BRF está em dólares.
Apesar do resultado negativo, a BRF informou ter encerrado o 1º trimestre com caixa líquido de R$ 10,5 bilhões, uma posição melhor que no final de igual período de 2019, quando chegou ao fim de março com R$ 2 bilhões no caixa.
A receita líquida avançou 21% sobre o 1º trimestre de 2019 para R$ 8,9 bilhões. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 1,2 bilhão no 1º trimestre deste ano, um crescimento de 67,2% sobre igual trimestre de 2019. A margem Ebitda ficou em 14%, um avanço de 3,8 pontos porcentuais. O crescimento da BRF foi maior no exterior do que no Brasil. As operações no exterior tiveram avanço de 25,6% na receita líquida, para R$ 4 bilhões.
No Brasil, o crescimento foi menor, de 18,1% para R$ 4,65 bilhões. O volume comercializado pela BRF cresceu 8%, o que representou 1,1 milhão de toneladas de carnes. A desvalorização do real frente ao dólar piorou a alavancagem da empresa, com a relação dívida líquida sobre o Ebitda em 2,65 vezes (2,65x), um leve aumento de 0,18 vezes sobre o 4º trimestre de 2019. Ainda assim, a alavancagem caiu drasticamente em relação ao 1º trimestre de 2019, quando estava em 5,68 vezes (5,68x).
A BRF afirma que intensificou a exportação de carnes de aves para a China no 1º trimestre, mesmo com os impactos da epidemia da Covid-19. A empresa também lançou carne suína da marca Sadia no mercado chinês, em associação com uma empresa local. No Brasil a empresa lançou costelas em tiras e linhas de produtos vegetarianos. No mercado halal, a BRF retomou as exportações para o Iraque e avançou a participação das suas marcas Sadia e Banvit para 77% do mercado de frango na Turquia.
A BRF ainda anunciou a compra da Joody Al Sharqiya Food Production por US$ 8 milhões.
M.Dias Branco (MDIA3)
A M.Dias Branco viu seu lucro subir 140,8% no primeiro trimestre de 2020, de R$ 56 milhões para R$ 137 milhões. Já o Ebitda foi de R$ 228,5 milhões, alta de 103%.
A margem Ebitda teve alta de 5,5 pontos percentuais, de 8,5% para 14%. A receita líquida subiu 24,3% e foi a R$ 1,6 bilhão com o crescimento de dois dígitos nos volumes de biscoitos, massas, farinha, margarinas e gorduras.
“Observamos um forte desempenho das vendas na segunda quinzena de março, fruto das medidas de distanciamento social para a contenção da pandemia de Covid-19”, destacou a companhia.
Notre Dame Intermédica (GNDI3)
O Grupo Notre Dame Intermédica informou ao mercado que encerrou no dia 8 de maio o seu programa de recompra de ações. A empresa de planos de saúde, laboratórios e hospitais adquiriu 3,36 milhões de ações ordinárias GNDI3, ou 0,56% do capital social da companhia, em operações na B3.
A AutoBan, concessionária do Grupo CCR que administra as rodovias Anhangüera e Bandeirantes, que ligam a capital paulista ao interior do Estado, informou que houve uma queda de 25,7% no tráfego de veículos pagantes nas duas autoestradas entre os dias 1º e 7 de maio, em comparação a igual período do ano passado. Entre os automóveis, a queda do tráfego foi de 50,71%; entre os veículos comerciais, houve recuo de 1,5%.
No acumulado do ano de 2020, houve queda de 21,4% no tráfego pagante de veículos de passeio e leve crescimento de 0,1% no de veículos comerciais. No total, houve queda de 10,4% no tráfego total do sistema Anhangüera-Bandeirantes de 1º de janeiro a 7 de maio de 2020.
Paranapanema (PMAM3)
A Paranapanema teve um prejuízo líquido de R$ 569,7 milhões no 1º trimestre deste ano, informou a empresa em balanço. O resultado mostrou que as perdas se aprofundaram muito em relação a igual período do ano passado, quando o prejuízo foi de R$ 38,9 milhões.
Segundo a fabricante de produtos de cobre, o prejuízo ocorreu por causa dos efeitos da desvalorização do real frente ao dólar sobre a sua dívida em moeda americana. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 61,1 milhões no 1º trimestre, uma queda de 7% sobre igual trimestre de 2019.
A receita líquida da empresa recuou 32% na base anual, para R$ 909,7 milhões no 1º trimestre. A dívida líquida da Paranapanema saltou de R$ 2 bilhões no 1º trimestre do ano passado para R$ 2,7 bilhões no 1º trimestre de 2020. Segundo a indústria, 95% da sua dívida está indexada ao dólar.
A relação dívida líquida sobre o Ebitda, que estava em 12,8 vezes (12,8x) no 1 º trimestre de 2019, caiu para 10,7 vezes (10,7x) no final de março deste ano. Em 6 de maio, a Paranapanema fechou um novo Acordo de Consentimento (Standstill) com seus principais credores, para que não executem as dívidas durante 30 dias.
A Vale iniciou o protocolo de emergência nível 1 da barragem Dicão Leste.
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