Bolsas operam mistas às vésperas de falas de Powell e dados de empregos nesta semana; meta de crescimento da China e mais
março 6, 2023Os índices futuros dos Estados Unidos e bolsas da Europa operam mistos nesta segunda-feira (6), enquanto investidores se preparam uma semana cheia de dados econômicos e comentários do presidente Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
O dirigente do banco central americano tem uma agenda agitada esta semana. O chairman vai ser sabatinado por dois dias seguidos no Congresso, começando na próxima terça-feira (7).
Os parlamentares devem questionar os riscos de uma recessão diante de uma política de juros altos. Os investidores vão buscar, nas falas de Powell, indicações sobre as próximas decisões da autoridade monetária.
Dados do mercado de trabalho também são destaque da agenda. O payroll de fevereiro será divulgado na sexta-feira, com consenso Refinitiv prevendo que 200 mil vagas de emprego tenham sido criadas fora do setor agrícola.
As bolsas asiáticas fecharam com alta em sua maioria, com exceção da Bolsa da China, à medida que investidores diferem a meta de crescimento mais fraca da China.
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Por aqui, as atenções se voltam para especulações sobre a nova regra fiscal, que Fernando Haddad, ministro da Fazenda, quer divulgar antes da próxima reunião do Copom. O objetivo é mostrar um plano claro, que afaste qualquer temor sobre uma eventual explosão da dívida pública.
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O calendário de resultados corporativos do quarto trimestre nesta segunda-feira tem como destaque o balanço da Azul (AZUL4).
Na agenda econômica, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de fevereiro é o principal destaque e será divulgado na sexta-feira (10). O consenso Refinitiv, média das projeções do mercado, aponta para uma alta de 0,78% na comparação com janeiro, levando a taxa anual a 5,54%.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam sem direção definida nesta manhã de segunda-feira, com comentários de Jerome Powell no Congresso e dados do mercado de trabalho americano no radar.
O chairman vai ser sabatinado por dois dias seguidos no Congresso, começando na próxima terça-feira (7).
O payroll de fevereiro será divulgado na sexta-feira e a expectativa é de criação de 200 mil postos de trabalhos. Caso o número se confirme, será uma forte desaceleração em relação a janeiro, quando 517 mil postos de trabalho foram criados. Este número também tende a ser revisado.
Ainda na agenda de indicadores, os últimos dados de pedidos de fábrica serão divulgados hoje. Os economistas esperam um declínio de 1,8% em janeiro, de acordo com estimativas de consenso da Dow Jones.
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Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), -0,07%
- S&P 500 Futuro (EUA), -0,01%
- Nasdaq Futuro (EUA), +0,05%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com alta, com exceção da Bolsa de Shanghai, após o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmar que a meta de crescimento do país em 2023 é de “cerca de 5%”. A declaração foi feita junto com o anúncio de um plano de retomada econômica após o fim das rigorosas restrições da política de “Covid zero”, adotada pelo governo ao longo da pandemia.
No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou 3%. Foi a segunda taxa de crescimento econômico mais fraca do país desde 1976.
A meta anunciada hoje pelo primeiro-ministro é menor que a de 2022, quando o governo previa que a economia chinesa crescesse 5,5%.
Já a Coreia do Sul anunciou a retomada das negociações comerciais com o Japão, de acordo com um comunicado do ministério.
- Shanghai SE (China), -0,19%
- Nikkei (Japão), +1,11%
- Hang Seng Index (Hong Kong), +0,17%
- Kospi (Coreia do Sul), +1,20%
- ASX 200 (Austrália), +0,62%
Europa
Os mercados europeus operam sem direção definida, com investidores atentos aos dados do varejo da zona do euro e aos comentários do presidente do Fed na terça-feira.
As vendas no varejo da zona do euro cresceram 0,3% na passagem de dezembro para janeiro, para uma queda anual de 2,3%. O consenso esperava alta de 1% na base mensal e queda de 1,8% na base anual.
- FTSE 100 (Reino Unido), -0,09%
- DAX (Alemanha), +0,36%
- CAC 40 (França), +0,61%
- FTSE MIB (Itália), +0,75%
- STOXX 600, +0,29%
Commodities
As cotações do minério de ferro na China recuam após o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmar que a meta de crescimento do país em 2023 é de “cerca de 5%”, considerada uma meta modesta para os padrões chineses.
Além disso, os futuros do minério de ferro de Dalian e Cingapura também intensificaram baixa depois que o planejador estatal da China disse na semana passada que buscou aconselhamento de especialistas sobre medidas políticas para lidar com o recente aumento nos preços da matéria-prima.
Os preços do petróleo também operam com baixa, depois que a China estabeleceu a meta modesta para o crescimento econômico neste ano, de cerca de 5%, abaixo das expectativas do mercado de crescimento de 5,5% na segunda maior consumidor mundial de petróleo.
- Petróleo WTI, -0,56%, a US$ 79,23 o barril
- Petróleo Brent, -0,64%, a US$ 85,28 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 2,13%, a 897,00 iuanes, o equivalente a US$ 129,57
Bitcoin
- Bitcoin, -0,02% a US$ 22.409,81 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda da semana tem como destaque a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de fevereiro, que será divulgado na sexta-feira (10). O consenso Refinitiv, média das projeções do mercado, aponta para uma alta de 0,78% na comparação com janeiro, levando a taxa anual a 5,54%.
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Outro destaque da agenda brasileira de indicadores econômicos é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A divulgação do saldo de contratações no mercado de trabalho formal, referente a janeiro, está prevista para quinta-feira (9).
O mercado de trabalho também é um dos principais assuntos nos Estados Unidos pelos próximos dias. O ponto alto da semana vai ser a sexta-feira, com a divulgação do payroll. O consenso Refinitiv prevê que 200 mil vagas de emprego tenham sido criadas fora do setor agrícola em fevereiro.
Caso o número se confirme, será uma forte desaceleração em relação a janeiro, quando 517 mil postos de trabalho foram criados. Este número também tende a ser revisado.
Como de costume, antes do payroll, sai a pesquisa ADP, sobre criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos. O consenso Refinitiv indica a abertura de 195 mil postos de trabalho em fevereiro. O dado será divulgado na quarta-feira (8). Nesse mesmo dia, tem o relatório JOLTS, com o número de vagas em aberto nos EUA.
Brasil
8h25: Boletim Focus
9h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se reúne com Grace Perez Navarro, Diretora do Centro de Política Tributária da OCDE
10h: Anfavea de fevereiro
10h30: Lula se reúne com Haddad
10h: Roberto Campos Neto tem reunião com Ana Dolores Moura Carneiro de Novaes, Presidente do Conselho de Administração, Daniel Ferreira Lima, Diretor Presidente, e Fernando Dantas Alves Filho, Conselheiro do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) (fechado à imprensa)
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14h: Campos Neto tem reunião, por videoconferência, com representantes da Asset 1 (fechado à imprensa)
EUA
12h: Encomendas à indústria
Confira a programação audiovisual do InfoMoney neste 6 de março:
3. Noticiário econômico
Governo pretende apresentar nova regra fiscal antes do Copom
A equipe chefiada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acelerou a proposta da nova regra fiscal para apresentá-la antes da próxima reunião do Copom, nos dias 21 e 22 e, assim, mandar um sinal consistente para o Banco Central, segundo reportagem do jornal O Globo.
O objetivo é mostrar um plano claro, que afaste preocupações sobre uma eventual explosão da dívida pública. O desenho da nova regra fiscal foi concluído na última quinta-feira pelo Ministério da Fazenda. Agora, será encaminhada aos demais ministérios da área econômica e também ao Palácio do Planalto, antes de ser apresentada ao Congresso Nacional.
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4. Noticiário político
Governadores vão se reunir para debater perdas dos Estados com ICMS
A compensação das perdas estaduais devido às mudanças na cobrança do ICMS dos combustíveis voltará a ser um tema durante reunião do fórum dos governadores nesta segunda-feira, 6, de acordo com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Em entrevista à Globonews, o dirigente estadual defendeu que a compensação – referente a agosto à dezembro de 2022 – precisa ser feita, mas que seus pares ainda não conseguiram fechar um acordo com relação ao tema.
“Não conseguimos fechar um acordo porque alguns Estados já conseguiram compensar as suas perdas deixando de pagar dívidas por decisões liminares do Supremo Tribunal Federal”, disse Casagrande. Segundo ele, este fato tem impedido o avanço nas negociações com o Executivo, e a reunião desta segunda será mais um tentativa de destravar as negociações.
Na entrevista, porém, o governador não deixou de elogiar o trabalho do Executivo, e a atuação dos ministros da Economia, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha no avanço do tema. Para o dirigente, nesta gestão, o diálogo entre Planalto e os Estados tem sido “muito próximo”, o que tem facilitado as coisas.
Não houve tentativa de regularização de joias, diz Receita Federal
A Receita Federal disse, por meio de nota divulgada na noite de sábado (4), que não houve tentativa de regularização das joias avaliadas em mais de R$ 16 milhões, que teriam sido um presidente dado pela Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo a Receita, além de não pedir a regularização, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro também não apresentou um pedido fundamentado para incorporar as joias ao patrimônio público, mesmo após orientações do órgão.
A informação foi revelada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada na sexta-feira (3). Segundo a publicação, um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes foram barrados pela Receita Federal em outubro de 2021. Os itens, avaliados em 3 milhões de euros (cerca de R$ 16,5 milhões) foram encontrados na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, que assessorava o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ambos retornavam de uma viagem oficial ao Oriente Médio. Ainda de acordo com a matéria, a retenção ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, após inspeção por raio-X.
Gol (GOLL4)
A demanda total por voos da Gol (GOLL4) subiu 17% em fevereiro na comparação anual. A oferta cresceu 13,8% e taxa de ocupação avança 2,2 pp, para 82,6%.
No mercado doméstico, a oferta da companhia aumentou 6,2% e a demanda cresceu em 9,2%.
Azul (AZUL4)
A operadora aérea Azul (AZUL4) firmou com sucesso acordos comerciais com arrendadores representando mais de 90% do seu passivo de arrendamento, sujeito a certas condições e aprovações corporativas aplicáveis.
De acordo com comunicado, os acordos representam uma parte significativa de um plano abrangente que visa fortalecer a geração de caixa da Azul, e melhorar a estrutura de capital, além de entregar aos arrendadores 100% dos valores previamente acordados, através de uma combinação de dívida de longo prazo e ações precificadas sobre um balanço patrimonial reestruturado.
Com base nesses acordos, os arrendadores reduzirão os pagamentos de arrendamento da Azul para eliminar diferimentos relacionados à Covid bem como a diferença entre as taxas de arrendamento contratuais da Azul e as taxas de mercado atuais. Em troca, os arrendadores receberão um título de dívida negociável com vencimento em 2030 e ações precificadas de forma a refletir a nova geração de caixa da Azul, sua melhor estrutura de capital e a redução em seu risco de crédito.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)