Bolsas mundiais recuam antes de resultados e de dados de inflação nos EUA; Covid na China e mais assuntos do mercado hoje
julho 11, 2022A maioria dos mercados asiáticos fechou com baixa, mesma direção de operação dos índices futuros de NY e bolsas da Europa nesta segunda-feira (11), enquanto investidores esperam pelo início da temporada de balanços de grandes empresas e os principais dados de inflação nos EUA, logo após um forte relatório de emprego da maior economia do mundo.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho será divulgado na quarta-feira e deve mostrar uma aceleração da escalada de preços, que avançou 1% em maio na comparação do abril e deve ter alta mensal de 1,1% em junho, de acordo com o consenso Refinitiv.
A PepsiCo e a Delta Air Lines divulgam seus resultados entre terça e quarta-feira. Mas a temporada de balanços do segundo trimestre nos Estados Unidos começa oficialmente na quinta (14), com os resultados dos bancos.
Na China, as preocupações com o Covid estão crescendo, com informações de que Xangai teria descoberto uma nova subvariante da ômicron.
No Brasil, a PEC dos Auxílios, que deve custar R$ 41 bilhões ao governo, deve ser votada amanhã(12) em segundo turno na Câmara dos Deputados.
Com o fim da greve dos servidores do Banco Central, a divulgação do Relatório Focus volta ao normal. O boletim com as projeções das instituições financeiras para IPCA, Selic, PIB e câmbio será apresentado às 8h25 (horário de Brasília) da segunda-feira (11).
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no território negativo, enquanto Wall Street espera o início da safra de balanços do segundo trimestre e novos dados de inflação.
Um relatório de empregos (payroll) mais forte do que o esperado na sexta-feira mostrou que a desaceleração econômica que preocupa os investidores ainda não chegou e aumentou o ânimo dos investidores.
O payroll, embora bom para a economia, pode encorajar o Federal Reserve a continuar seus aumentos agressivos de juros nos próximos meses para combater a inflação persistentemente alta.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), -0,54%
- S&P 500 Futuro (EUA), -0,60%
- Nasdaq Futuro (EUA), -0,74%
Ásia
A maioria dos mercados asiáticos fechou no vermelho, com destaque para o índice Hang Seng, de Hong Kong, que caiu cerca de 3% após a notícia de que a China impôs multas aos pesos pesados Tencent e Alibaba por não cumprirem as regras antimonopólio na divulgação de transações, segundo a Reuters.
As ações em Hong Kong também repercutiram a notícia de que quase todas as empresas comerciais e industriais de Macau fecharão por uma semana em uma tentativa de impedir a propagação do Covid-19.
O Japão foi um ponto fora da curva no continente, impulsionado pela perspectiva de estabilidade administrativa, fiscal e econômica, depois que a coalizão governista expandiu sua maioria em uma eleição para a câmara alta.
- Shanghai SE (China), -1,27%
- Nikkei (Japão), +1,11%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -2,77%
- Kospi (Coreia do Sul), -0,44%
Europa
Os mercados europeus recuam na sessão de hoje (11), com investidores se preparando para mais dados sobre a inflação dos EUA nesta semana.
Investidores no Reino Unido estarão observando os desdobramentos em torno da incerteza política no país depois que o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou na semana passada que renunciaria ao cargo de líder do Partido Conservador. Johnson disse que permaneceria no cargo enquanto um sucessor fosse encontrado. Onze parlamentares conservadores anunciaram suas propostas de liderança no fim de semana.
- FTSE 100 (Reino Unido), -0,89%
- DAX (Alemanha), -0,95%
- CAC 40 (França), -1,03%
- FTSE MIB (Itália), -0,67%
Commodities
As cotações do petróleo recuam neste início de semana, com investidores ponderando as preocupações com a oferta ante as preocupações com uma recessão ou restrições da Covid-19 na China atingindo a demanda.
- Petróleo WTI, -1,97%, a US$ 102,77 o barril
- Petróleo Brent, -1,54%, a US$ 105,37 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 3,26%, a 741,00 iuanes, o equivalente a US$ 110,50
Bitcoin
- Bitcoin, +0,39% a US$ 20.527,54 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda desta semana é cheia lá fora, com Livro Bege, índices de inflação e começo da temporada de balanços nos EUA.
Na próxima quarta-feira (13) sai o Livro Bege – um sumário da situação econômica nos 12 distritos do Federal Reserve. O documento deve mostrar os efeitos dos juros mais altos na economia americana.
Ainda na quarta, sai um importante indicador de inflação dos EUA: o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Já o índice de preços ao produtor (PPI) sai na quinta-feira (14).
Mais dois indicadores de atividade econômica completam a agitada agenda semanal dos Estados Unidos. Na sexta-feira saem os números de produção industrial e vendas no varejo, referentes a junho.
Com o fim da greve dos servidores do Banco Central, a divulgação do Relatório Focus volta ao normal. O boletim com as projeções das instituições financeiras para IPCA, Selic, PIB e câmbio será apresentado às 8h25 (horário de Brasília) da segunda-feira (11).
Na terça (12), sai o desempenho do setor de serviços em maio. As vendas no varejo brasileiro de maio vão ser divulgadas na quarta-feira.
Uma bateria de indicadores da economia chinesa será divulgada na próxima quinta-feira (14) à noite, antes da abertura dos mercados na Ásia: produção industrial e vendas no varejo de junho e o número mais aguardado – o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre. Os números prometem mexer com os negócios, dada a importância da China na cadeia global de suprimentos.
Brasil
8h25: Boletim Focus
15h: Balança comercial
3. PEC dos Auxílios deve ser votada amanhã
A PEC dos Auxílios, que deve custar R$ 41 bilhões ao governo, deve ser votada nesta terça-feira (12) em segundo turno na Câmara dos Deputados.
A votação foi adiada devido ao baixo número de presentes na sessão da quinta-feira (7).
Bolsonaro pede que crime contra petista seja “seriamente apurado”
O guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na madrugada deste domingo quando comemorava seu aniversário em Foz do Iguaçu (PR). Segundo testemunhas, a festa foi invadida por José da Rocha Guaranho, agente penitenciário federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, que teria invadido a festa gritando “aqui é Bolsonaro!”.
O PT lamentou a morte de Arruda, que foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu em 2020, e a violência política. “Mais um querido companheiro se foi nessa madrugada, vítima da intolerância, do ódio e da violência política”, afirmam na nota a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador nacional do setorial de Segurança Pública do PT, Abdael Ambruster.
“Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos”, acrescenta a nota.
“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade.”
No Twitter, Lula se solidarizou com a família e amigos de Arruda e pediu compreensão sobre Guaranho. “Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele (Arruda), que se defendeu e evitou uma tragédia maior… Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda”, tuitou o ex-presidente. “Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho”, acrescentou.
Bolsonaro também comentou o episódio nas redes sociais.
“Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, disse Bolsonaro no Facebook.
“Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 hora por dia”, acrescentou.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o episódio mostra “como é viver na barbárie”.
“O assassinato de um cidadão, durante a comemoração de seu aniversário com a temática do candidato Lula, é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie”, disse Pacheco no Twitter. “Devemos todos, especialmente os líderes políticos, lutar para combater este ódio, que vai contra os princípios básicos da vida em família, em sociedade e em uma democracia”, acrescentou.
4. Covid
No último domingo (10), o Brasil registrou 45 mortes e 19.228 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.
A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 235, elevação de 18% em comparação com o patamar de 14 dias antes.
A média móvel de novos casos em sete dias foi de 55.828, o que representa alta de 3% em relação ao patamar de 14 dias antes.
Chegou a 168.031.474 o número de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 78,22% da população.
O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 179.363.035 pessoas, o que representa 83,49% da população.
A dose de reforço foi aplicada em 95.621.311 pessoas, ou 44,51% da população.
5. Radar Corporativo
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou neste sábado (9), que seus 12 sindicatos espalhados pelo país rejeitaram a contraproposta da Petrobras (PETR4) para acordo coletivo de trabalho (ACT) e aprovaram indicativo de greve por tempo indeterminado. Um comunicado oficial será encaminhado na segunda-feira (11), à direção da Petrobras e aos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
A FUP informou que a data de uma greve ainda deve ser definida pela federação e que o processo está condicionado ao avanço de um processo de privatização da companhia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
Em relação à matéria (Cemig acusa Vale de dar calote de R$ 781 milhões no setor elétrico) publicada pelo Valor Econômico, a Vale disse que cumpre integralmente o Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) relativo ao rompimento da barragem de Fundão e que o TTAC não prevê responsabilidade direta da
Vale perante o Consórcio Candonga, a Aliança Geração ou a Cemig por impactos sofridos pela paralisação da Usina Hidrelétrica (UHE) Risoleta Neves, após rompimento da barragem de Fundão.
A Eletrobras (ELET3; ELET6) informou que foi alterado o controle acionário da Madeira Energia (MESA), Sociedade de Propósito Específico (SPE) responsável por hidrelétricas no Rio Madeira, em Rondônia.
De acordo com a empresa, sua subsidiária Furnas assinou o distrato da Acordo de Acionistas da Madeira Energia. Com a assinatura do referido documento, Furnas, que detém 72,36% do capital social da MESA, passa a ser sua controladora.
Os acionistas da GetNet aprovaram em assembleia extraordinária na tarde de sexta-feira, 8, o fechamento de capital da empresa de maquininhas de cartões. Segundo a empresa, 96,21% do capital votante da companhia votaram a favor da operação, única pauta da reunião de hoje.
No último dia 6, a Getnet anunciou que, entre os acionistas que votaram antecipadamente, de forma eletrônica, detentores de 6,7 milhões de ações se manifestaram pela aprovação do fechamento de capital.
A Getnet anunciou em maio sua intenção de fechar o capital na B3 e Nasdaq. A PagoNxt, controladora da companhia, propôs o preço de R$ 4,72 por Unit para comprar os papéis em circulação no mercado. O preço é o mesmo com que a empresa chegou à B3, em fevereiro de 2021, após cisão com o Santander, seu antigo controlador.
Banco Modal (MODL11)
O Banco Modal (MODL11) informou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a combinação de negócios com a XP, sem restrições.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)
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