Bolsas europeias abrem em baixa após dados econômicos negativos; futuros de NY recuam
abril 3, 2020SÃO PAULO – Os mercados iniciam a sexta-feira em meio à expectativa de divulgação de indicadores importantes nos Estados Unidos ainda nesta manhã: os números do “payroll”, que vão mostrar a situação do mercado de trabalho no país, e o índice de compras do setor de serviços. Ambos são relativos ao mês de março e, assim, vão tornar evidentes os impactos da pandemia de coronavírus na economia americana.
Ontem, o Departamento do Trabalho mostrou que 6,6 milhões de empregos foram eliminados nos EUA na semana passada, um recorde. Na semana anterior, o número havia ficado em 3,3 milhões.
Os índices futuros de Nova York operam em baixa. Pouco antes das 7h, o futuro do Dow Jones caía 1,3%, enquanto os do S&P 500 e do Nasdaq tinham baixa de 1,25% (veja as principais cotações no Telegram do InfoMoney, que faz a cobertura dos mercados em tempo real)
Na zona do euro, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que inclui indústria e serviços, despencou de 51,6 pontos em fevereiro para 29,7 pontos em março, a menor pontuação da série histórica e abaixo das estimativas. Números inferiores a 50 indicam contração da atividade econômica.
As Bolsas da Europa abriram em baixa nesta sexta-feira após a divulgação do índice. O índice FTSE, do Reino Unido, caía 1,3%, e o Dax, da Alemanha, tinha desvalorização de 0,7% pouco antes das 7h.
Na Ásia, a comportamento dos mercados foi misto. A Bolsa do Japão fechou praticamente estável e a da China encerrou com oa desvalorização de 0,6%.
Os preços do petróleo se recuperaram ontem em mais de 20%, puxando as ações das petrolíferas. Mas o movimento não deve se repetir hoje, pois crescem as dúvidas sobre um possível acordo futuro na Opep+ para reduzir a produção. A Rússia afirmou ontem que não mantém conversas com a Arábia Saudita, desmentindo o presidente americano Donald Trump.
A pandemia continua a avançar nos EUA e no mundo. O número de pessoas infectadas pelo coronavírus ultrapassou 1 milhão no mundo. Nos EUA, país mais atingido, há 245 mil casos e 6 mil mortes, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.
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