Bitcoin opera em alta após fechar junho com queda de 37% e registrar pior trimestre da história

O Bitcoin (BTC) fechou o mês de junho ontem cotado a pouco menos de US$ 20 mil, com queda de 37% no período. O resultado reforçou o desempenho ruim da criptomoeda no segundo trimestre, que entrou para a história como o pior desde que a rede entrou em operação, em janeiro de 2009.

Incertezas macroeconômicas e o temor de risco sistêmico pela possível falência generalizada de empresas de criptomoedas, que sofrem em meio a um processo de desalavancagem do mercado, fazem parte do coquetel que alimentou a queda de preços nos últimos meses. Desde que atingiu a máxima histórica em novembro de 2021, a moeda digital já desvalorizou mais de 70%.

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O desempenho deste começo de julho também não é animador. Apesar de ter fechado o semestre em baixa, a criptomoeda ensaiou recuperação na noite de ontem e chegou próximo de US$ 21 mil. No entanto, o preço recuou para a casa dos US$ 19.500, patamar no qual ainda é negociado nesta manhã. Às 7h, a moeda rondava os US$ 19.440, com alta de 1,6% em relação às últimas 24 horas.

Segundo o trader Vinícius Terranova, o BTC tem suporte (preço com alto interesse de compra) perto de US$ 18 mil e, depois, apenas na região de US$ 15 mil. Analistas vêm apontando nos últimos dias que a criptomoeda deve ceder em breve e fazer novas mínimas anuais, portanto abaixo dos cerca de US$ 17.500 atingidos em maio.

Além do cenário macro, que segue enfraquecendo as bolsas de tecnologia pelo temor de recessão, os criptoativos reagem a uma sequência diária de más notícias. Na quinta-feira (30), a Grayscale Investments, maior gestora de ativos digitais do mundo, processou a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) após um pedido de aprovação de dois fundos negociados em bolsa (ETF) de Bitcoin terem sido rejeitados pelo regulador.

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Além disso, o Conselho Europeu de Risco Sistêmico (ESRB ) passou a falar em uma possível ameaça do colapso das criptos aos sistemas financeiros tradicionais como uma “questão de urgência”. Também ontem, o o ex-desenvolvedor da criptomoeda anônima Monero (XMR), Ricardo “Fluffypony” Spagni, se rendeu às autoridades dos EUA e deve ser extraditado para a África do Sul.

Mineradores de Bitcoin também seguem em crise, passando a enfrentar chamadas de margem. Já na Cingapura, o banco central acusou o hedge fund Three Arrows Capital (3AC) de fornecer informações falsas. Nesta sexta-feira (1º), a Bloomberg informa que as exchanges de criptomoedas Blockchain.com e Deribit estão entre os credores que pressionaram pela liquidação do Three Arrows Capital.

“As manchetes negativas sobre criptomoedas não param e novas preocupações de que o ambiente regulatório será bastante severo daqui para frente realmente mantêm o sentimento pessimista”, aponta o analista sênior de mercado da Oanda, Edward Moya.

• Assista: O que aconteceu com El Salvador após a queda do Bitcoin?

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h05:

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (1º):

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