Bitcoin engrena e se aproxima de US$ 27 mil com Credit e First Republic “salvos”; ganho semanal chega a 30%
março 17, 2023O Bitcoin está a caminho de um de seus maiores ganhos semanais dos últimos anos, com alta acumulada de 30% em sete dias, na esteira do socorro ao Credit Suisse na noite de ontem, que anunciou que tomará empréstimos de até US$ 54 bilhões do Banco Central da Suíça para fortalecer liquidez, e do alívio na crise do First Republic após 10 bancos afirmarem que irão aportar US$ 30 bilhões na instituição.
Às 8h, a moeda digital era negociada a US$ 26.861, alta de 7,1% em 24 horas e de 30% nos últimos sete dias. A maioria das demais criptomoedas também opera em território positivo. Mesmo após ter sido apontado como possível valor mobiliário por reguladores, o Ethereum (ETH) avança 4,9%, para US$ 1.753, e valoriza 20% em sete dias, em linha com os ganhos da BNB (BNB), terceira criptomoeda mais valiosa do mercado (excluindo a stablecoin USDT).
Os ganhos nos ativos digitais também acompanham apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá optar por um aumento mais leve nos juros na semana que vem. Nesse sentido, investidores já se posicionam para um horizonte de corte nas taxas ainda em 2023.
A tese se apoia justamente no colapso de três bancos regionais dos EUA, além dos problemas com o Credit Suisse, fortalecendo expectativas de fim do aperto monetário que atingiu as criptomoedas em 2022.
“A atual turbulência no setor bancário dos EUA, potencialmente levando a uma postura mais relaxada do Federal Reserve, reforça o duplo papel do Bitcoin como uma proteção contra as finanças tradicionais e um ativo de risco credível”, disse Kunal Goel, analista de pesquisa da empresa de inteligência de ativos digitais Messari, à Bloomberg.
Os mercados financeiros antecipam um pico nos juros de referência do Fed em maio para combater a inflação elevada, seguido por cerca de 70 pontos-base de cortes este ano para apoiar o crescimento econômico.
“Qualquer sinal de cortes nas taxas de juros deve direcionar recursos para ativos mais arriscados, o que provavelmente será suficiente para trazer mais fundos institucionais para o mercado de criptomoedas, independentemente de os macro traders entenderem ou acreditarem na tese de investimento em Bitcoin de longo prazo”, aponta a especialista Noelle Acheson, autora da newsletter Crypto Is Macro Now.
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O setor de ativos digitais também está enfrentando uma forte repressão regulatória nos EUA após o colapso da bolsa de criptomoedas FTX. As ramificações de uma desindexação temporária do USD Coin (USDC) no fim de semana também estão sendo digeridas pelos mercados de criptomoedas. O USDC é a segunda maior stablecoin, um tipo de token que deve manter um valor constante de US$ 1.
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A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC) está reforçando a afirmação de que a maioria dos ativos digitais são valores mobiliários, uma designação que requer maior proteção do investidor e pode tornar os tokens mais difíceis de negociar. No entanto, os reguladores dos EUA geralmente concordam que o Bitcoin não é um valor mobiliário.
O que esperar do Bitcoin
Essa dicotomia regulatória está ajudando o Bitcoin, enquanto o nervosismo com as stablecoins levou alguns investidores a mudar para o maior ativo digital, de acordo com Markus Thielen, head de pesquisa da Matrixport.
O Bitcoin agora representa 43% do valor total do mercado cripto, a maior proporção desde junho de 2022, mostram dados da CoinGecko. O token subiu cerca de 57% até agora este ano e está próximo do nível mais alto desde junho de 2022. Mas, continua muito longe de seu recorde de quase US$ 69 mil registrado em novembro de 2021.
Analistas, porém, ressaltam que o movimento de alta não parece dar sinais de perda de força. Para o trader e investidor anjo de criptoativos Vinícius Terranova, o Bitcoin caminha para a região de US$ 27 mil e, “a partir daí, poderemos ir até US$ 28.800”.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 8h:
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Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 26.861 | +7,10% |
Ethereum (ETH) | US$ 1.753 | +4,90% |
BNB Chain (BNB) | US$ 337 | +5,60% |
XRP (XRP) | US$ 0,376284 | +2,50% |
Cardano (ADA) | US$ 0,341695 | +3,40% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Stacks (STX) | US$ 1,08 | +16,30% |
ImmutableX (IMX) | US$ 1,44 | +15,40% |
Fantom (FTM) | US$ 0,471198 | +14,70% |
Neo (NEO) | US$ 12,30 | +13,10% |
Arweave (AR) | US$ 9,06 | +9,50% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Kava (KAVA) | US$ 1,04 | -5,10% |
Synthetix (SNX) | US$ 2,92 | -2,10% |
GMX (GMX) | US$ 81,31 | -1,20% |
Maker (MKR) | US$ 744,70 | -0,70% |
WhiteBit Token (WBT) | US$ 4,28 | -0,70% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 22,40 | +2,00% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 30,87 | +2,31% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 25,55 | -0,38% |
Hashdex DeFi (DEFI11) | R$ 20,78 | +0,67% |
Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) | R$ 14,50 | -0,34% |
Hasdex Crypto Metaverse (META11) | R$ 37,15 | -3,02% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 7,82 | +1,29% |
QR Ether (QETH11) | R$ 5,86 | -2,17% |
QR DeFi (QDFI11) | R$ 3,70 | +1,92% |
Cripto20 EMPCI (CRPT11) | R$ 6,04 | -2,73% |
Investo NFTSCI (NFTS11) | R$ 18,24 | -4,50% |
Investo BLOKCI (BLOK11) | R$ 93,94 | 0,00% |
(Com informações da Bloomberg)