BEE4: mercado de ações tokenizadas começa a operar e terá 1º pregão dia 28

BEE4: mercado de ações tokenizadas começa a operar e terá 1º pregão dia 28

setembro 23, 2022 Off Por JJ

Sem muito alarde e com bastante cautela, a BEE4, primeiro mercado organizado de ações tokenizadas regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), começou a operar na última quinta-feira (22).

Pensada para oferecer investimento mais acessível em empresas emergentes, a plataforma inicia com apenas uma companhia, a Engravida, uma rede de clínicas de reprodução assistida, que opera sob o código BABY1.

A BEE4 vai operar com pregões semanais, sempre às quartas-feiras, sendo o primeiro no dia 28 de setembro. Em entrevista ao InfoMoney em julho, a CEO da empresa, Patrícia Stille, explicou que esse modelo é para conseguir concentrar liquidez e dar mais chances ao investidor de conseguir negociar seus ativos com rapidez.

“Esse mercado não existe, é completamente ilíquido, a gente vai tirar ele da inércia. E não vai vir um monte de gente operar na largada, isso é óbvio”, disse ela na época. O pregão ocorrerá às quartas, de 12h às 20h.

Nos outros dias da semana (e na quarta das 10h às 11h) será possível enviar ordens de compra e venda, que serão consideradas em um leilão pré-abertura, uma hora antes da abertura no dia de operação do mercado.

A partir desse lançamento até o dia 23 de novembro, a BEE4 não irá cobrar taxa de negociação para os investidor nas operações de compra e venda realizada dentro da plataforma. Em comunicado, a empresa disse que esse é um período de experimentação e a isenção será para “incentivar os investidores a conhecer e se familiarizar com o ambiente de negociação”.

A BEE4 foi uma das três empresas que entrou para o sandbox (ambiente de experimentação) da CVM com projeto envolvendo blockchain. Como um mercado organizado, ele irá funcionar de forma parecida com a bolsa de valores, com tokens que funcionam como se fossem ações da empresas.

A intenção da BEE4 é possibilitar que investidores sem um grande capital consigam “apostar” em empresas menores, que ainda não conseguem fazer uma Oferta Inicial de Ações (IPO) na Bolsa, mas que possuem um potencial de grande retorno, oportunidade que até hoje era reservada para grandes fundos ou investidores com alto capital e acesso à rodadas privadas.

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