BB Seguridade tem lucro ajustado de R$ 1,09 bi no 3º tri e mais resultados; Ânima, Petrobras e outras notícias no radar
novembro 3, 2020
SÃO PAULO – A volta dos feriados tem como destaque os resultados da BB Seguridade, Copasa e Irani e com expectativa principalmente para os resultados do IRB e do Itaú após o fechamento do mercado.
Além disso, a concessionária CCR anunciou que, pela primeira vez desde a pandemia, registrou aumento do tráfego nas vias que controla, na comparação com 2019. O anúncio se baseia nos dados entre 23 e 29 de outubro. Confira os destaques:
BB Seguridade (BBSE3)
A BB Seguridade, holding de seguros do Banco do Brasil, registrou lucro líquido de R$ 1,096 bilhão no terceiro trimestre, alta de 1,4% em relação a igual período do ano passado e de 11,6% na comparação com o trimestre anterior, segundo balanço publicado nesta terça-feira, 3, pela companhia.
Entre os negócios da holding, a BB Corretora teve resultado operacional positivo de R$ 57,5 milhões, explicado pela alta nas receitas de corretagem, de 12%, decorrente do aumento nas vendas e melhora da margem operacional.
A Brasilprev também ajudou a impulsionar os números, com resultado positivo de R$ 16,5 milhões, justificado por incremento nas receitas com taxas de gestão, de 5,8%, melhora do índice de eficiência e evolução do resultado financeiro. A Brasilcap também ajudou, com resultado positivo em R$ 10,5 milhões.
Na contramão, pesou principalmente o resultado negativo de R$ 38,6 milhões da Brasilseg, decorrente do avanço da sinistralidade e da queda do resultado financeiro, parcialmente compensado pelo aumento de 20,4% dos prêmios.
Além disso, houve pressão do resultado financeiro da holding, que caiu R$ 20,9 milhões e foi afetado principalmente pela restituição de capital aos acionistas, pela menor taxa média Selic e pela distribuição dos recursos provenientes da alienação do IRB.
No acumulado do ano, o lucro líquido da holding soma R$ 212,8 milhões, recuo de 6,7% em relação aos primeiros nove meses do ano passado. O ritmo de retração, contudo, foi reduzido em relação ao resultado acumulado no primeiro semestre, de 10,9%.
Copasa (CSMG3)
A Copasa anunciou lucro líquido de R$ 240,5 milhões no terceiro trimestre. A receita líquida avançou 2% no período, para R$ 1,36 bilhão. O segmento de água, esgoto e resíduos sólidos subiu 6,1% alta de R$ 1,27 bilhão, excluídas as receitas de construção. A empresa afirmou que os resultados foram impulsionados pelo reajuste tarifário médio de 8,38%, aplicado para consumos registrados a partir de agosto.
Irani (RANI3)
Também na sexta, a Irani Papel e Embalagem registrou lucro líquido de R$ 25,5 milhões no terceiro trimestre de 2020. Ela reverte desta forma prejuízo de R$ 58,8 milhões no terceiro trimestre de 2019. A empresa afirmou que a alta foi impulsionada pelo aumento da receita líquida, e melhora das margens.
Eletrobras (ELET3;ELET6)
Na sexta, a Eletrobras anunciou que aprovou a captação de debêntures por meio das subsidiárias Eletronorte e CGT Eletrosul, no valor e R$ 750 milhões.
CCR (CCRO3)
Na sexta, a CCR anunciou que, pela primeira vez durante a pandemia, o tráfego semanal em estradas cresceu frente a 2019 entre as rodovias sob sua administração, no que pode ser atribuído ao relaxamento das medidas de isolamento social.
Entre 23 e 29 de outubro houve alta de 0,5% no tráfego, frente o mesmo período do ano anterior. Isso Não ocorria desde março. A CCR administra o Sistema Anhanguera/Bandeirantes, que liga a cidade de São Paulo ao interior do Estado, e a Via Dutra, que é a principal ligação rodoviária entre Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com a concessionária, o resultado foi puxado pelo tráfego de veículos comerciais, que foi 8,1% maior. Já o tráfego de carros de passeio ainda foi 9% menor na comparação anual. No acumulado do ano até 29 de outubro, no entanto, o tráfego total foi 8,9% menor.
Já no caso dos aeroportos geridos pela CCR, o que inclui os terminais de Confins (MG) e Viracopos (SP), o movimento na semana foi 66,8% mais baixo do que no mesmo período de 2019.
Petrobras (PETR3;PETR4)
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, deve ser assinada em dezembro a venda da refinaria Landulpho Alves (BA), da Petrobras, para o Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi, por pouco menos de US$ 2 bilhões.
Ânima (ANIM3)
A Ânima Educação informou que faz parte da operação da compra das operações da Laureate no Brasil, a venda concomitante de 100% da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) ao fundo Farallon.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Ânima informou que nos termos do acordo já celebrado, em que a Farallon assumiu a obrigação de comprar todas as participações futuras na FMU, por um valor de R$ 500 milhões, simultaneamente à compra dos ativos da Laureate pela Ânima Educação.
“Dentre as condições para implementação da transação e para a venda da FMU à Farallon, ressalta-se a condição suspensiva de aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), nos termos da legislação aplicável”, explica o documento. Ou seja, em outras palavras, a venda da FMU ao fundo Farallon está atrelada à aprovação pelo Cade da compra da Laureate pela Ânima Educação.
A companhia informou que o contrato de compra da Laureate no Brasil prevê, em síntese, um preço, no fechamento, de R$ 4,4 bilhões, sendo R$ 3,777 bilhões a serem pagos a Laureate em dinheiro e R$ 623 milhões de dívidas dos ativos a serem assumidas pela Ânima Educação.
Em fato relevante enviado à CVM, a empresa diz que a proposta inclui, ainda, R$ 203 milhões a título de earn-out por 135 vagas de medicina pendentes de aprovação.
Ford (FDMO34)
No sábado, a montadora Ford anunciou a venda de suas fábricas no Brasil para a empresa de construção civil e logística São José e a gestora de ativos Fram Capital, sem informar o valor. A fábrica atuou por 52 anos na produção de veículos em São Bernardo, e foi fechada há um ano. A Ford diz que o movimento é um marco no retorno à lucratividade sustentável na América do Sul.
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