Aracaju ainda tem risco de epidemia para doenças do Aedes aegypti
março 15, 2024O prefeito Edvaldo Nogueira apresentou nesta sexta-feira, 15, os dados do segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024. O estudo foi realizado entre os dias 4 e 8 de março, com o objetivo de mapear a infestação do mosquito a fim de nortear as ações de combate ao vetor, promovidas pelo município. O levantamento indicou uma infestação geral de 1,2, valor considerado como médio risco para surtos ou epidemias, o que representa um aumento de 20% em relação ao primeiro LIRAa deste ano, apresentando em janeiro, que apontou índice de 1,0.
Apesar disso, o número de casos confirmados de arboviroses foi reduzido significativamente, no comparativo com as dez primeiras semanas do ano passado. No mesmo período de 2023 foram registrados 172 casos de dengue e, este ano, apenas 42, uma redução de 75,6%. Já os casos de chikungunya, no mesmo período, passaram de 145 para 12, uma queda de 91,7%. E os índices confirmados de zika passaram de 6, nas dez primeiras semanas de 2023, para zero, neste mesmo período em 2024. “Houve uma queda nos quadros de arboviroses e isso mostra que o nosso trabalho está sendo uma barreira para a proliferação dessas doenças. Mas, isso não significa que devemos baixar a guarda. Estamos vivendo, do ponto de vista climático, as condições ideais para a proliferação do mosquito”, disse o prefeito.
Ainda durante a apresentação, o prefeito Edvaldo assinou o Decreto nº 7.534, que autoriza a contratação, via Processo Seletivo Simplificado (PSS), de 30 agentes temporários de apoio às políticas de controle ao Aedes aegypti. O edital será publicado na próxima semana. O contrato será de três meses, podendo ser prorrogado por mais três ou, conforme necessidade dos trabalhos. A medida faz parte do plano de ações da campanha Aracaju Contra a Dengue, anunciado no último dia 29 de fevereiro.
Médio risco
O segundo LIRAa de 2024 revela que Aracaju manteve o índice de médio risco (de 1,0% a 3,9%). Comparado aos anos de 2022 e 2023, o segundo LIRAa deste ano teve uma queda de 25% (2,2, em 2022, e 1,6, em 2023). Com base nos dados, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) identifica os principais focos do mosquito, bairros com maiores índices, sendo possível traçar estratégias de combate como fumacê costal, mutirões de limpeza, eliminação de focos e conscientização da população.
O prefeito ainda destacou que, dos 48 bairros de Aracaju, 27 foram classificados com baixo risco (satisfatório), 21 com médio risco (alerta) e nenhum bairro classificado como de alto risco. Entre os bairros classificados com maior risco, com resultado acima de 2%, estão: 13 de Julho (de 0 passou a 3,2), 17 de Março (de 0,9 para 3,2), Atalaia (de 2,9 para 3,2), Olaria (de 1,6 para 2,7), Grageru (de 1,4 para 2,2), Pereira Lobo (de 1,9 para 2,2) e 18 do Forte (de 0,5 para 2,1) – valores comparativos entre o LIRAa de janeiro e março.
Ações
No próximo sábado, dia 16, a SMS convoca as equipes e a população para mais um mutirão de combate ao Aedes. Desta vez, a ação será realizada no bairro 13 de Julho, local onde foi registrado o maior índice de infestação da cidade. Mais de 30 agentes da SMS participarão do mutirão, onde serão realizadas ações como: identificação e eliminação do mosquito, através de serviços educativos, varrição, capinação, roçagem mecanizada e coleta de resíduos descartados incorretamente em terrenos baldios e em vias públicas da localidade. A mobilização contará com a parceria da Emsurb e da Defesa Civil.
Principais locais de criadouros
Ainda durante a apresentação, foram mostrados os principais criadouros do Aedes aegypti identificados em Aracaju. Segundo o levantamento, os principais locais são depósitos de armazenamento de água ao nível do solo, como lavanderias e tonéis, que representam 60,2% dos locais com foco.
Depósitos domiciliares (vasos, pratos de plantas etc) são o segundo maior problema, com um índice de 28,9%; lixo, entulho e resíduos sólidos em quintais representam 3,1%; por último, mas com registro de aumento, estão os pneus (no domicílio), 7,8% (no último Liraa foi de zero). Neste Liraa não foi encontrado foco de mosquito aedes aegypti em terreno baldio.
Com informações da AAN