Após semana mais letal da pandemia no país, Butantan entrega mais 3,3 milhões de doses da CoronaVac nesta segunda

Após semana mais letal da pandemia no país, Butantan entrega mais 3,3 milhões de doses da CoronaVac nesta segunda

março 15, 2021 Off Por JJ

Coronavac, vacina produzida em parceria com a China
A CoronaVac é a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan (Divulgação)

SÃO PAULO – Nesta segunda-feira, o governo do estado de São Paulo entrega mais um lote de 3,3 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, ao Ministério da Saúde para que elas sejam usadas no Programa Nacional de Imunização (PNI).

No total, 20,6 milhões de doses já foram entregues desde o início do acordo de distribuição – firmado em 17 de janeiro. O acordo prevê o envio de 46 milhões de doses até o final de abril.

Conforme os anúncios do Butantan, só em março foram entregues 7,1 milhão de doses de vacina em quatro lotes de envio – contando com a entrega de hoje. O número já ultrapassa as 4,85 milhões de doses que foram distribuídas para o Governo Federal em fevereiro.

Dimas Covas, presidente do Butantan, afirmou na coletiva da última quarta-feira (10) que, até o fim de março, a expectativa é de entrega total de 22,7 milhões de doses para o PNI.

Assim, a ideia é que em abril o Butantan repasse as doses restantes, até atingir 46 milhões. Ainda, o Butantan deve entregar mais 54 milhões de doses até agosto deste ano, totalizando 100 milhões de doses da CoronaVac.

Situação da pandemia

A necessidade de mais vacinas é clara: o Brasil bateu o recorde pelo 16º dia seguido de alta na média móvel de mortes pela Covid-19. Essa média chegou a 1.832 óbitos por dia nos últimos sete dias, segundo dados coletados até as 20h do domingo pelos veículos de imprensa Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1.

Os dados mostram que o país teve sua pior semana na pandemia, com 12.795 mortes de segunda (8) até domingo (14). Antes desse número, o recorde semanal de mortes havia sido registrado na semana anterior (1 a 7 de março), com 10.482 óbitos.

Também na última semana, o país teve registros diários de mortes superiores a 2.000 pela primeira vez na pandemia. No último domingo, o país atingiu a maca de 53 dias seguidos com a média acima de 1.000 óbitos diários.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o último domingo eram 11.483.370 casos confirmados e 278.229 mortes desde o início da pandemia.

Preocupação com variantes

Na coletiva em que anunciou a leva de doses da semana passada, Covas também ressaltou a preocupação com as variantes do coronavírus. A variante da África do Sul (B.1.351) é a que mais preocupa o governo, por apresentar maior carga viral e transmissão mais rápida, além de ser resistente à neutralização dos anticorpos produzidos por algumas vacinas e até mesmo pela produção natural de anticorpos pelo infectado. A variante do Reino Unido (B.1.1.7) também apresenta uma velocidade maior na transmissão (30% a 50% superior, na comparação com a variante inicial).

Ainda, há outras duas variantes brasileiras: a chamada P.1, do Amazonas, e a P.2, do Rio de Janeiro. A última é predominante no país atualmente, segundo Covas. “A variante do Amazonas preocupa e explica parte desse momento complicado da pandemia. É mais agressiva. Mas a vacina do Butantan é eficaz contra todas as variantes”, afirmou o presidente.

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