Após implodir edifício usado para contatos com Sul, Coreia do Norte ameaça elevar presença militar em fronteira

Após implodir edifício usado para contatos com Sul, Coreia do Norte ameaça elevar presença militar em fronteira

junho 17, 2020 Off Por JJ

PEQUIM, 17 JUN (ANSA) – Após ter implodido o edifício usado para os contatos com a Coreia do Sul, a Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira (17) aumentar sua presença militar na zona desmilitarizada na fronteira entre os dois países.

Segundo a agência oficial KCNA, a poderosa irmã de Kim Jong-un, Kim Yo-jong, rejeitou uma oferta do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de mandar enviados especiais ao Norte para retomar o diálogo.

De acordo com Kim Yo-jong, a proposta é “sem tato e sinistra”.

Já Seul respondeu que os comentários da irmã de Kim são “muito rudes e sem sentido”. “Não vamos mais tolerar atos e discursos irracionais do Norte”, afirmou o porta-voz da Presidência da Coreia do Sul, Yoon Do-han.

O Ministério da Defesa de Seul ainda afirmou que Pyongyang vai “pagar o preço” se cumprir suas ameaças.

Na última terça (16), o regime de Kim Jong-un implodiu o escritório que havia sido montado para melhorar a comunicação com o Sul. Um dia antes, o Norte também havia interrompido todos os contatos militares e políticos com o país vizinho.

A crise fez o ministro de Unificação da Coreia do Sul, Kim Yeon-chul, renunciar ao cargo, assumindo a responsabilidade pela piora nas relações com o Norte. A escalada da tensão começou após Pyongyang reclamar que ativistas sul-coreanos mandaram panfletos contra o regime de Kim Jong-un para o outro lado da fronteira.

Em 1º de janeiro, no entanto, Kim já havia anunciado o fim da moratória em testes de armas nucleares e mísseis balísticos, reabrindo a espiral de tensão com os Estados Unidos e o Sul.

Esses testes estavam suspensos por conta das negociações para desnuclearizar a península, mas as conversas seguem travadas desde fevereiro de 2019, quando o presidente Donald Trump abandonou de forma abrupta uma cúpula bilateral em Hanói, no Vietnã. (ANSA)

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