Após decisão do STF, enfermeiros paralisam atividades por 24h em SE

Após decisão do STF, enfermeiros paralisam atividades por 24h em SE

setembro 21, 2022 Off Por JJ

Após decisão do STF, enfermeiros paralisam atividades por 24h em SE (Foto: Seese)

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar por 7 votos a 4 a suspensão do Piso Nacional da Enfermagem, a categoria passou a se mobilizar para reivindicar o pagamento do benefício em diversos estados. Em Sergipe, os enfermeiros, técnicos e parteiras, aderiram a um movimento nacional e iniciaram nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 21, uma paralisação de 24h das atividades.

A manifestação teve início em frente à Assembleia Legislativa (ALESE). Após o ato, as categorias seguem com a mobilização fazendo uma caminhada pelas ruas do Centro de Aracaju.

Segundo a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe (Seese), Shirley Morales, a decisão do STF foi recebida com muita indignação e tristeza. “A gente tem enfrentado extremos desafios para aprovação do Piso Nacional da Enfermagem. Conseguimos vencer esses desafios a nível de Congresso Nacional, a nível de Poder Executivo para a sanção. Mas infelizmente nos deparamos com a decisão do Poder Judiciário”, comenta.

Ainda segundo ela, diante da suspensão do piso da enfermagem pelo STF, a categoria compreendeu que precisava resistir e seguir na luta. “Nesta semana estarão sendo votados projetos de lei sobre fontes de custeio para o pagamento do piso. Em prol disto é que hoje está acontecendo a mobilização da categoria, com a paralisação nacional em diversos estados por 24h”, destaca.

Morales diz ainda que em Sergipe a gestão estadual foi notificada previamente sobre a paralisação. “Fizemos as notificações e tivemos o acolhimento da gestão para que houvesse o apoio a esses profissionais. Além disso, mantivemos o quantitativo mínimo para o percentual de assistência, garantindo aos hospitais 50% dos profissionais. Já nas UTIs as escaldas de plantão não foram alteradas. Em relação à atenção básica, foi garantido minimamente 30%, para que não houvesse desassistência à população”, salienta.

por João Paulo Schneider