Apelo do trabalho em casa diminui na Europa, diz Morgan Stanley
dezembro 3, 2020
O desejo de trabalhar em casa em um mundo pós-pandêmico está diminuindo entre os funcionários europeus à medida que eles se cansam de estarem distantes dos escritórios, mostrou estudo realizado por estrategistas do Morgan Stanley.
Em novembro, profissionais da região disseram que gostariam de trabalhar em casa dois dias por semana, em média, ante 2,3 dias em outubro, de acordo com a pesquisa com 12.500 funcionários de vários setores no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e França que fizeram seu trabalho remotamente desde o início da pandemia do novo coronavírus.
“A pesquisa deste mês sugere que a demanda por trabalhar em casa no futuro diminuiu em relação às pesquisas anteriores, talvez com o aumento da ‘fadiga do isolamento’”, estrategistas liderados por Christopher Fremantle escreveram em nota.
A pesquisa do Morgan Stanley foi realizada durante a segunda grande onda de lockdowns na Europa para conter a propagação do vírus. Com a distribuição da vacina se aproximando, os dados oferecem pistas sobre se a crise do Covid-19 marcou uma longa mudança em direção ao trabalho remoto ou se os funcionários desejarão voltar ao escritório na maior parte do tempo, quando for seguro fazê-lo.
No futuro, 60% dos funcionários europeus que trabalham em escritórios esperam que seus empregadores permitam trabalhar em casa pelo menos alguns dias por semana, enquanto 40% pensam que trabalhar remotamente será limitado a menos de uma vez por semana, de acordo com a pesquisa.
Após as restrições adicionais de novembro, a média de dias de trabalho remoto entre os funcionários europeus aumentou para 2,1 dias por semana, ante 1,8 dia durante a pesquisa de outubro. No Reino Unido, esse número foi maior do que em outras grandes economias, com 2,7 dias em média.
Os funcionários que trabalham em escritórios no Reino Unido estão atrás do resto da Europa em seu retorno ao trabalho presencial, com 39% em média trabalhando presencialmente em novembro, em comparação com 56% na Europa e 61% na Alemanha e Espanha.
Outros dados confirmaram as descobertas do Morgan Stanley. A ocupação de escritórios no Reino Unido na quarta-feira permaneceu um pouco abaixo de um terço do pico deste ano, que foi antes da disseminação do Covid-19, de acordo com a Metrikus, que instala sensores em edifícios de cidades de todo o país.
A pesquisa também produziu descobertas curiosas sobre a disposição das pessoas em compartilhar mesas depois que a pandemia acabar. Em média, cerca de 37% dos trabalhadores europeus disseram que se sentiriam desconfortáveis, com 50% dos funcionários do Reino Unido com essa mesma opinião.
Entre diferentes setores, os funcionários europeus nas indústrias de energia, TI, mídia, vendas, recrutamento e ciências estavam entre os mais favoráveis ao home office no futuro, mostrou a pesquisa. Em contraste, trabalhadores de segurança estavam entre os maiores oponentes do trabalho remoto.
Os funcionários europeus de bancos e finanças entrevistados eram em sua maioria a favor do trabalho remoto no futuro, com 67% dizendo que gostariam, enquanto 23% se opunham à ideia e 10% estavam indecisos.
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