Anitta investe na Fazenda Futuro, startup brasileira de “carne de planta”
maio 26, 2022Larissa de Macedo Machado, mais conhecida pelo nome artístico Anitta, deu mais um passo em direção ao mundo da tecnologia. A cantora e empresária anuncia nesta quinta-feira (26) ter se tornado investidora da Fazenda Futuro, startup que fabrica proteínas que imitam o gosto das carnes animais usando apenas ingredientes vegetais (plant based).
A foodtech não divulga quanto foi investido pela cantora e empresária, nem qual a participação dela no negócio. A Fazenda Futuro foi avaliada em R$ 2,2 bilhões em sua última captação com investidores, em novembro de 2021. O aporte de Anitta entra como uma extensão dessa rodada de investimento.
Sem dar muitos detalhes, Marcos Leta, CEO e fundador da empresa, afirma que Anitta irá “somar ao time, trazendo toda sua experiência como empresária e com o marketing”. “Teremos novidades atreladas a ela que em breve compartilharemos”, diz.
“Comer bem pode ser saboroso, nutritivo e fazer bem para o meio ambiente; trazer opções para a mesa das pessoas é maravilhoso. Eu acredito nessa ideia, e isso me fez decidir entrar para a empresa”, afirma Anitta em entrevista por e-mail ao Do Zero Ao Topo, marca de empreendedorismo do InfoMoney.
“Minha história com a Fazenda Futuro começou faz um tempo já. Em um dos meus aniversários, pedi para que providenciassem hambúrgueres à base de plantas. Fiquei louca com os da Fazenda Futuro, e comecei a me interessar mais pelo setor e pela empresa. Adorei a equipe, e fechamos negócio.”
Além da proposta do negócio e da equipe, a cantora e empresária também destacou a transformação do setor de alimentos por meio da tecnologia. “Decidi ser sócia da Fazenda Futuro principalmente por acreditar que a tecnologia de alimentos veio para ficar. (…) [Eu e a Fazenda Futuro] compartilhamos dos mesmos propósitos”, afirma.
Esta não é a primeira aposta de Anitta em negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos – ela também faz parte do conselho da fintech Nubank.
Anitta ressalta sua experiência como empresária e na área de administração. “Sou sócia e participarei sempre que necessário na gestão dos negócios. Estou na Fazenda Futuro para somar e ajudar na democratização e crescimento da categoria no Brasil”.
Recentemente, a empresária também lançou um curso de empreendedorismo em parceria com a instituição de ensino Estácio. “A importância do empreendedorismo para o país é gigante. É empreendendo que desenvolvemos nossas capacidades e que geramos emprego, ciências, tecnologias e riquezas para o país”, afirma Anitta.
O negócio da Fazenda Futuro
A Fazenda Futuro foi criada em abril de 2019, pelo empreendedor Marcos Leta. Além de um hambúrguer feito com plantas, a foodtech têm emulações de almôndegas, atum, carne moída, frango em pedaços e linguiça de pernil. Alguns ingredientes usados são beterraba, ervilha, gordura de coco, óleo de canola e soja. O objetivo é atrair não apenas vegetarianos e veganos, mas também consumidores da carne comum. A startup tem 190 tipos de produtos (SKUs), comercializados em 30 países.
A história da Fazenda Futuro foi tema do episódio 99 do podcast Do Zero ao Topo. Nele, Leta falou sobre seu começo no empreendedorismo com a marca de sucos Do Bem; os primeiros anos da Fazenda Futuro; e o futuro da alimentação a base de plantas:
A captação de novembro de 2021 foi usada principalmente para expandir para os Estados Unidos. A Fazenda Futuro está no maior mercado plant based do mundo desde outubro de 2021, com seus produtos em site de e-commerce como Amazon Fresh e em espaços físicos como os restaurantes dentro do estádio do time de basquete Golden State Warriors.
Mesmo assim, o Brasil ainda é o maior país para a foodtech. Leta afirma que a categoria plant based ainda é muito nova e apresenta grandes taxas de crescimento. “Os consumidores estão cada vez mais procurando opções diferentes de alimentação, que sejam saborosas e até conscientes. (…) Nossos lançamentos são pedidos por consumidores que estão à procura de mais opções à base de plantas. Isso já é um grande sinal de como o mercado está se movimentando positivamente”, diz Leta ao Do Zero Ao Topo.
Leta aposta em um futuro em que proteínas a base de plantas recebam apoio governamental, impulsionado pela demanda dos consumidores e das grandes empresas de alimentação. “Acredito que o grande consumo por parte do público tem atraído grandes empresas a entrarem no mercado plant based também. Elas podem nos ajudar a conseguir aumentar nossa escala de produção, o que diminuiria o valor final do produto. Essas companhias também podem chamar a atenção de subsídios governamentais, assim como eles existem para a carne e para outros produtos de origem animal”, afirma o fundador.