Animais e fogos: veterinário alerta sobre cuidados no período junino
junho 23, 2023As festas juninas já acontecem por todo estado e reúnem pessoas para aproveitarem comidas típicas, forrós, fogueiras e queima de fogos.
Mas a prática de soltar fogos pode prejudicar os animais, podendo causar estresses físicos e psicológicos, ataques cardíacos e até mesmo o óbito.
Segundo o médico-veterinário, Daniel Allievi, sons acima de 60 dBs (decibéis) já são suficientes para causar incômodo aos animais. “Isto equivale a uma conversa em som alto produzida por nós humanos. Já os fogos de artifício emitem sons muito acima deste limite, causando grandes transtornos para os animais”, diz.
Tutores podem perceber alguns sinais que indicam os efeitos do barulho nos animais. “Os principais sinais são mudanças de comportamento relativo a agitação, tremores, busca por esconderijo pequeno e fechado, a exemplo embaixo de camas e sofás, respiração acelerada, necessidade extrema de estar próximo do tutor e até mesmo agressividade”, explica.
Recomendações
Algumas precauções podem ser tomadas para amenizar os impactos nos bichos, como o uso de tampões ou algodões nos ouvidos e manter portas e janelas dos cômodos fechadas. Em casos que haja possibilidade de fuga é essencial colocar uma coleira de identificação com telefone para contato, para que o animal seja encontrado com maior facilidade.
Sobre a administração de medicamentos para relaxar o animal, o veterinário explica que a prática não se aplica a todos os casos. “Administração de anestésico ou relaxantes só podem ser ministradas nos animais com a orientação do médico veterinário, e em casos específicos, como em casos de fácil fuga e acidentes, as medicações recomendadas são calmantes sem efeitos anestésicos, podendo ser oferecidos aos animais após consulta e avaliação do estado do animal”, afirmou Daniel.
Todo cuidado é pouco quando se trata do bem-estar dos animais, por isso, é importante que tutores se mantenham atentos às precauções. Fornecer brinquedos e locais que eles possam se esconder também pode ajudar no relaxamento.
por Beatriz Fernandes e Aisla Vasconcelos