Analistas apostam em Rui Costa para Economia em eventual governo Lula

Analistas apostam em Rui Costa para Economia em eventual governo Lula

maio 3, 2022 Off Por JJ

Com as pré-candidaturas à Presidência da República tomando forma e as bolsas de apostas especulando nomes para compor governos de cada um dos competidores ao Palácio do Planalto, uma nomeação está ainda dividindo analistas: a do chefe da Economia sob um eventual novo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O petista já disse desejar uma nomeação política, alguém “com boas relações com o Congresso”, mas, segundo colunistas, não revela suas preferências nem mesmo entre correligionários mais próximos, ampliando as especulações no mercado, que tem pressionado o PT.

Mas para os analistas de risco político ouvidos pelo InfoMoney para a edição de abril do Barômetro do Poder, o nome mais mencionado vai exatamente nessa direção: o do governador da Bahia, Rui Costa.

A maioria (31,3%) das respostas espontâneas dos analistas aponta para o nome de Costa para o Ministério da Fazenda. Economista, o governador baiano foi também citado em conversas com interlocutores do mercado pelo ex-ministro José Dirceu, da Casa Civil sob Lula, como sua aposta para o posto.

O senador baiano Jaques Wagner e o deputado cearense José Guimarães também já ventilaram a possibilidade de que o cargo fique com Costa, citando o ajuste fiscal feito por ele no governo baiano.

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Atrás de Rui Costa como favoritos nas apostas para assumir o Ministério vêm o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (12,5% das respostas), que concorre ao governo paulista, e – empatados com 6,3% cada um – o economista André Lara Resende, o ex-governador petista do Ceará Camilo Santana, o economista Gabriel Galípolo, que tem buscado reduzir tensões entre o setor financeiro e Lula, e o presidente da Fiesp, Josué Gomes.

Outros dois ex-governadores petistas, Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí), que já foram mencionados como possíveis nomes, também foram citados entre os analistas ouvidos pelo Barômetro do Poder, também com 6,3% cada um.

Apesar das apostas, uma parcela grande das respostas (18,8%) aponta para a preferência de não opinar sobre a questão ou sugerem que ainda não há um nome definido para a Fazenda de um governo petista a partir de 2023. Como a pergunta tem respostas espontâneas (não estimuladas), cada respondente apresentou nenhuma, uma ou mais nomes/opções.

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Divergências na campanha petista

Recentemente, o PT anunciou a saída do marqueteiro Augusto Fonseca do comando da comunicação da campanha de Lula ao Planalto. Embora especialistas acreditam que isso expõe divergências no partido, para a maior parte dos analistas ouvidos nesta edição do Barômetro do Poder a probabilidade de que essas divergências contribuam para a queda nas intenções de voto em Lula e na diferença entre o petista e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), é “baixa” (43%) ou “muito baixa” (36%).

Apenas 7% disseram ver como “altas” as chances de que as rusgas impactem de forma negativa a campanha petista, e 14% disseram ser “neutras”.

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A edição 35 do Barômetro do Poder foi realizada entre os dias 26 e 28 de abril, com questionários aplicados por meio eletrônico. Foram ouvidas 10 casas de análise de risco político – BMJ Consultores Associados, Control Risks, Dharma Political Risk & Strategy, Empower Consultoria, Eurasia Group, Medley Global Advisors, Patri Políticas Públicas, Prospectiva Consultoria, Pulso Público, Tendências Consultoria Integrada – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe), Cláudio Couto (FGV EAESP), João Villaverde (FGV-SP) e Thomas Traumann.

Conforme acordado previamente com os analistas, os resultados do levantamento são divulgados apenas de forma agregada, sendo preservado o anonimato das respostas e comentários.

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