Ações da Petrobras caem 3% com petróleo e Eletrobras tem maior queda do Ibovespa; confira mais destaques
abril 20, 2020SÃO PAULO – As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) derrubam o Ibovespa nesta segunda-feira (20) em meio à derrocada do petróleo no mercado internacional. O barril do WTI despenca 39% a US$ 11,14 e o barril do Brent apresenta baixa de 6,55% a US$ 26,24. Eletrobras (ELET3; ELET6) está entre os desempenhos mais negativos do principal índice acionário da B3. Confira os principais destaques de ações desta segunda.
Petrobras (PETR3, R$ 15,96 -4,43%; PETR4, R$ 15,48, -4,03%)
O petróleo americano WTI sofreu um novo crash hoje, com os preços recuando quase 40%. Segundo a CNN, o mercado percebeu que os cortes de 9,7 milhões de barris diários anunciados semana passada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não serão suficientes para fazer frente à queda na demanda global por conta dos impactos econômicos do coronavírus.
Segundo Gabriel Fonseca, analista da XP Investimentos, é importante ressaltar a diferença entre o horizonte dos contratos futuros: o contrato referente a maio de 2020, que expira hoje (20) opera em forte queda de -37%, aos US$11,38/barril, enquanto o contrato de junho de 2020 recua pouco mais de 9%.
De acordo com ele, os motivos para o descompasso são a falta de liquidez para o contrato de curto prazo, com a migração de investidores para o do período seguinte e preocupações referentes à ultrapassagem da capacidade de armazenagem de óleo no núcleo de Cushing, em Oklahoma.
Eletrobras (ELET3, R$ 24,69 -4,86%; ELET6, R$ 27,76 -5,39%)
A Eletrobras aprovou a oferta vinculante de R$ 232 milhões feita pela Evoltz para adquirir a participação total da estatal, que é 49,5% do capital social, na Manaus Transmissora de Energia (MTE). A Evoltz Energia é controlada pelo fundo americano Seville, por sua vez um braço dos investidores do Texas Pacific Group (TPG).
No ano passado, a Evoltz comprou transmissoras de energia no Estado do Pará. A empresa já estava em negociações para comprar a MTE da Eletrobras desde 2018, quando a estatal manifestou seus planos de desinvestimento na Eletronorte e em outras subsidiárias na Região Norte do Brasil. A Eletrobras comunicou que quando a transação for aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outros órgãos reguladores, a Evoltz será a única acionista da transmissora manauara.
AES TIETÊ (TIET11, R$ 15,03 -0,2%) e Eneva (ENEV3, R$ 35,28 -1,56%)
A AES Tietê rejeitou na noite de domingo a oferta hostil feita pela Eneva Energia na empresa. As negociações se arrastaram por mais de 45 dias. A oferta foi rechaçada por unanimidade pelo conselho de administração da AES Tietê. “Seus termos e condições são inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto de seus acionistas”, informou a concessionária paulista de energia.
A AES Tietê citou a “incompatibilidade” entre seus negócios e estratégias e os da Eneva. A AES Tietê citou uma série de razões para rechaçar a oferta da Eneva. Entre elas, estão o modelo diferente das empresas – a AES Tietê também é uma geradora baseada principalmente em usinas hidrelétricas, enquanto a Eneva usa termelétricas; a empresa paulista acredita ter sido subavaliada pela congênere carioca; e outro motivo é que a operação poderia comprometer a distribuição de dividendos aos acionistas.
A AES Tietê fará teleconferência às 11h da manhã de hoje para explicar a rejeição da oferta. Importante ressaltar que a empresa se disse aberta a uma possível nova proposta no futuro.
MRV (MRVE3, R$ 13,05 -2,32%)
A construtora e incorporadora imobiliária MRV aprovou o pagamento de R$ 163,9 milhões aos acionistas como dividendos mínimos obrigatórios, relativos ao exercício de 2019. A MRV informou que decidirá em uma data posterior para o pagamento e também para a negociação “ex-dividendos” das ações MRVE3.
JHSF (JHSF3, R$ 3,62 -1,63%)
Segundo uma notícia publicada no jornal O Globo, o empresário Alexandre Accioly vendeu os 40% de participação que possuía nos restaurantes Fasano al Mare e Gero no Rio de Janeiro. A compradora teria sido a própria construtora e incorporadora paulista JHSF, que era sócia do empresário carioca nos empreendimentos gastronômicos. A JHSF não se manifestou sobre a informação.
ELEKTRO (EKTR4, R$ 18,00 +0,84%)
A distribuidora de energia Elektro Redes, que opera em parte do interior paulista e no Mato Grosso do Sul, informou que adiará o pagamento de juros sobre capital próprio aos acionistas para 30 de dezembro de 2020. A Elektro argumenta que tomou a medida para preservar o caixa por causa da epidemia do coronavírus. Com o adiamento, a empresa segura uma soma aproximada de R$ 67,05 milhões.
CPFL (CPFE3, R$ 29,57 -0,07%)
O executivo Fernando Mano da Silva deixará a presidência da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) no dia 24 de abril. O Conselho de Administração da CPFL se reuniu na sexta-feira passada em Campinas (SP) e aprovou o nome do atual vice-presidente, Huang Futao, para ser diretor-presidente da empresa a partir do próximo dia 24. Além de diretor-presidente, Huang ocupará os cargos de diretor de Relações Institucionais e diretor de Novos Negócios, que também eram chefiados por Mano da Silva.
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