Brasil cria mais de 131 mil empregos formais em julho, aponta Caged

Brasil cria mais de 131 mil empregos formais em julho, aponta Caged

agosto 21, 2020 Off Por JJ

carteira de trabalho
(Shutterstock)

Com o pior momento da crise ficando para trás, o mercado de trabalho registrou no mês passado o primeiro número positivo desde a chegada da pandemia de covid-19 no Brasil.

Depois de quatro meses no vermelho, houve a abertura líquida de 131.010 empregos com carteira assinada em julho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira, 21, pelo Ministério da Economia.

Esse foi ainda o melhor resultado para o mês desde 2012, quando o saldo líquido foi positivo em 142.496 vagas. Em julho de 2019, houve a abertura de 43.820 vagas com carteira assinada.

O resultado de julho decorreu de 1,043 milhão de admissões e 912.640 demissões. O volume representa um acréscimo de 14% nas contratações e uma queda de 2% nos desligamentos em relação a junho.

A maior parte do mercado financeiro já esperava uma retomada do emprego no mês passado. O desempenho do Caged em julho, porém, veio melhor que o intervalo das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de fechamento líquido de 20.789 vagas a criação de 91.389 vagas em julho, com mediana positiva em de 25 mil postos de trabalho.

Em junho deste ano, a perda havia sido de 19.579 postos de trabalho. Os piores meses para o Caged na pandemia foram março, com perda de 263.177 vagas, abril, com a destruição de 927.598 empregos formais, e maio, com a demissão líquida de 355.933 trabalhadores.

Os dados dos meses anteriores foram atualizados nesta sexta pela pasta. Mesmo com a recuperação de julho, a perda líquida de empregos para a pandemia ainda é de 1,435 milhão vagas desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil, em março.

No acumulado do ano até julho, o saldo do Caged ainda ficou negativo em 1,092 milhão de vagas, o pior desempenho para o período na série histórica disponibilizada pelo ministério (2002).

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