Oi tem prejuízo líquido atribuído a controladores de R$ 3,409 bi no 2º tri; companhia muda plano de recuperação

Oi tem prejuízo líquido atribuído a controladores de R$ 3,409 bi no 2º tri; companhia muda plano de recuperação

agosto 14, 2020 Off Por JJ

Loja da Oi Móvel/Oi telecomunicações em São Paulo
Loja da Oi Móvel/Oi telecomunicações em São Paulo (Foto: Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)

A Oi (OIBR3; OIBR4), em recuperação judicial, registrou no segundo trimestre deste ano prejuízo líquido consolidado de R$ 3,409 bilhões no critério atribuído aos controladores. O dado é 118,7% pior do que no mesmo intervalo do ano passado.

Em informe de resultados na madrugada desta sexta-feira, 14,, a operadora explica que compõem o número o resultado operacional antes do resultado financeiro e dos tributos (Ebit) negativo em R$ 366 milhões (maior que o negativo de R$ 298 milhões no mesmo período do ano passado), o resultado financeiro líquido também negativo, de R$ 3,127 bilhões (127% pior), além de uma despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social de R$ 1 milhão.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado de rotina da companhia caiu 15%, para R$ 1,359 bilhão, e a margem ficou em 29,9% ante 31,4% há um ano.

A receita líquida consolidada foi de R$ 4,544 bilhões, 10,8% menor do que no mesmo período do ano passado.

Na operação Brasil somou R$ 4,490 bilhões, queda de 11,0%, ao passo que as operações internacionais (África e Timor Leste) cresceram 19,7% para R$ 54 milhões.

Novo plano

A Oi ainda atualizou a proposta de aditamento do plano de recuperação. A companhia destacou que, tendo em vista a ampla demanda pela UPI InfraCo na fase preliminar do processo de venda, o valor de firma (EV) mínimo da SPE InfraCo será de R$ 20 bilhões.

Os interessados também devem assumir compromisso de pagamento da parcela secundária mínima de R$ 6,5 bilhões e de uma parcela primária de até R$ 5 bilhões, para garantir o pagamento de R$ 2,426 bilhões em dívida da SPE InfraCo com as recuperandas e execução do plano de investimentos planejado.

O aditamento também prevê que interessados em participar do procedimento competitivo de alienação da UPI Ativos Móveis terão a possibilidade de celebrar com as recuperandas ou suas coligadas um contrato de prestação de serviços de transmissão de dados na modalidade “take-or-pay” pelo prazo de 3, 5 ou 10 anos.

O valor presente dos pagamentos resultantes do respectivo contrato comporá o valor total do preço de aquisição da UPI Ativos Móveis, em adição ao valor mínimo de R$ 15 bi a ser pago em dinheiro por 100% das ações de emissão da SPE Móvel.

Quanto à UPI Torres, Highline foi qualificada como “stalking horse” no processo de alienação; preço mínimo alterado de R$ 1 bilhão para R$ 1,066 bilhão. O aditamento prevê ainda a possibilidade de formação da UPI TVCo para alienação do negócio de TV por assinatura.

Além disso, fica estabelecido que recuperação judicial será encerrada em 30 de maio de 2022.

Em comunicado separado, a Oi disse ainda que celebrou acordos de confidencialidade com determinados detentores das 10%/12% Senior PIK Toggle Notes com vencimento em 2025 para uma possível alteração na escritura de emissão das Notas visando permitir a consumação das operações previstas no aditamento ao plano.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

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