Oi deve ter até dia da assembleia para decidir sobre venda de ativos; You Inc. cancela IPO, balanços de Marcopolo, Itaú e mais
agosto 4, 2020SÃO PAULO – O noticiário corporativo tem como destaque a disputa pela negociação dos ativos da Oi, com o fim do acordo de exclusividade com a Highline. A temporada de resultados também segue em destaque, com dados de Itaú Unibanco e Marcopolo. Entre os IPOs, a You Inc. decidiu cancelar sua abertura de capital. Confira os destaques:
Segundo informa o jornal O Globo, a companhia Oi deve seguir com as duas propostas que recebeu para vender sua operação de telefonia móvel. Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a Highline, da gestora americana Digital Colony, e o grupo formado por Claro, Vivo e TIM seguem na disputa pela divisão de linhas de celulares da tele carioca.
Na última segunda-feira, terminou a exclusividade nas negociações com a Highline, enquanto Claro, TIM e Vivo apresentaram proposta de R$ 16,5 bilhões pela Oi Móvel, um valor acima da oferta feita pela Highline. Assim, o consórcio passa, agora, também a fazer parte das negociações. Segundo o jornal, a tele vai negociar com os dois grupos sendo que, até então, a Oi não podia analisar a oferta das rivais brasileiras.
Com isso, a decisão sobre a venda de ativos pode ser decidido até o dia da assembleia de credores da Oi, que deve ocorrer em meados de agosto no Rio de Janeiro.
Vale ressaltar que, na véspera, em meio à expectativa pelo fim do acordo de exclusividade com a Highline, as ações da Oi tiveram forte queda.
Banco do Brasil (BBAS3)
Em resposta a ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco do Brasil informou que cabe ao presidente da República a nomeação do presidente da instituição, e “que até o presente momento não houve qualquer comunicação formal do acionista controlador sobre o efetivo exercício dessa prerrogativa pela Presidência da República”.
Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido recorrente, que exclui itens pontuais, foi de R$ 4,2 bilhões, queda de 40% na mesma base de comparação. Já o lucro líquido foi de R$ 3,4 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 49,8% na comparação com igual período de 2019. Veja mais clicando aqui.
O principal motivo para esse tombo no resultado foram as despesas para devedores duvidosos (PDD), que chegou a R$ 7,77 bilhões, alta de 92% em 12 meses, mas recuo de 23% em relação ao trimestre anterior.
O índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) diminuiu 0,4 ponto percentual no trimestre, para 2,7%. As receitas com tarifas registram queda de 7,4%.
O resultado ficou em linha com as projeções dos analistas compiladas pela Bloomberg, de R$ 4,255 bilhões, em meio a um aumento de 71,6% na comparação anual na provisão para devedores duvidosos, ficando em R$ 7,561 bilhões. O valor, no entanto, é menor do que os R$ 10,398 bilhões que haviam sido reportados no trimestre anterior.
Contudo, algumas linhas chamaram a atenção – negativamente – no balanço. “Embora os resultados gerais tenham chegado como esperávamos, a combinação de uma queda de NIM [margem financeira sobre os ativos rentáveis] dos clientes, taxas/seguros mais baixos e uma queda abaixo da média nas inadimplências e nos custos pode estar abaixo das expectativas dos investidores”, destaca Marcel Campos, analista da XP Investimentos (confira o relatório clicando aqui).
Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo teve lucro líquido R$ 5,4 milhões, queda de 93,7% frente os R$ 86,3 milhões registrados em igual período de 2019, com a pandemia do coronavírus diminuindo a receita, que teve queda de 30,1% na receita líquida, a R$ 798,5 milhões. A receita com vendas no Brasil teve baixa de 43%, a R$ 356,3 milhões; já a receita no exterior teve baixa de 30%, para R$ 194,5 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) teve baixa de 61,3%, a R$ 40,9 milhões, com a margem indo de 9,2% para 5,1%.
De acordo com o Credit Suisse, os resultados foram muito fracos, o que levou o banco suíço a cortar a recomendação para underperform (desempenho abaixo do mercado), com preço-alvo sendo reduzido de R$ 4,20 para R$ 2,50.
You Inc.
Já a construtora You Inc decidiu cancelar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Segundo a companhia, o cancelamento deveu-se à atual conjuntura do mercado.
A empresa, que deveria fixar o preço da ação nesta terça-feira, planejava levantar cerca de R$ 1 bilhão e usar os recursos para continuar projetos habitacionais em desenvolvimento.
Na semana passada, outra construtora, Riva 9, subsidiária da Direcional Engenharia, também cancelou seu IPO.
Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3)
Os sócios da bandeira Elo (Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) querem fazer o IPO da marca, segundo reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”.
O principal interessado nessa operação seria a Caixa, que também quer fazer o IPO de sua subsidiária de meios de pagamento, a Caixa Cartões. No entanto, o Bradesco é o acionista maior da Elopar, que controla a Elo, e por isso preciso ser convencido sobre o IPO.
O grupo Soma, dono das grifes Animale e Farm, tem 33 marcas de moda consideradas como oportunidades de aquisição, mas apenas 5 ou 6 realmente são avaliadas como possíveis marcas estratégicas para compra no curto prazo, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”.
Neste grupo, uma minoria pertence à Inbrands, a empresa de moda mais afetada pela crise, e à Restoque, em recuperação extrajudicial.
O grupo Soma pretende gastar em aquisições 47% dos recursos líquidos captados na oferta pública inicial de ações concluída no fim de julho. Isso equivale a pouco mais de R$ 600 milhões, com base nos dados do prospecto da oferta.
Ecorodovias (ECOR3)
A Ecorodovias divulgou uma nova parcial do volume de tráfego em suas concessões, dessa vez levando em conta o período entre os dias 16 de março e 2 de agosto.
O movimento de veículos pesados e de passeio caiu, nesse período, 16,9% na comparação com igual período do ano passado (tráfego de 114,6 milhões de veículos). Os maiores recuos ocorreram na Ecopistas, que administra o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto (queda de 36,5%), e na Ecoponte, que liga o Rio ao litoral norte fluminense (recuo de 34,2%).
No acumulado do ano, a queda no volume do tráfego é de 7,5%, com 192,1 milhões de veículos pagamentes no período.
Setor de saúde
E sobre a pandemia do novo coronavírus, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) informou que as drogarias de todo o país já fizeram 370 mil testes rápidos para a Covid-19.
Segundo a associação, 1.676 farmácias do país oferecem o serviço, a maior parte no sudeste. Dos testes realizados, 14,40% deram positivo.
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