Pouco mais de três meses do aparecimento da pandemia do novo coronavírus, cientistas buscam descobrir se quem contraiu a doença pela primeira vez apresenta risco de adquiri-la novamente. Segundo especialistas, no meio científico a única certeza até o momento é que a Covid-19 não é apenas uma “gripezinha”.
De acordo com o infectologista Marco Aurélio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), como não há um estudo ainda que confirme que o paciente se reinfecte, a recomendação é para que as pessoas mantenham as medidas de proteção.
“A gente não tem publicações ainda que confirme que as pessoas pegam mais de uma vez a doença. Ainda se trabalha estudando esses casos porque a gente tem visto que nem todo mundo faz uma resposta imunológica adequada ao vírus e com isso nem todo mundo fica com imunidade suficiente. Então por isso que a grande recomendação hoje é que mesmo quem teve, mantenha as medidas de controle e proteção para que não se infecte outra vez”, conta.
Mesmo após a cura do paciente, o infectologista orienta que em caso da pessoa apresentar novos sintomas da doença, mesmo já tendo sido considerada curada, ela deve procurar ser reavaliada e realizar novos exames.
“Se a pessoa teve uma suspeita ou teve um diagnóstico ou exame mesmo assintomático positivo pra covid-19 e algum tempo depois volta a apresentar sintomas semelhantes, deve procurar o serviço de saúde sim, informar os exames que já tem positivo para ser feita uma reavaliação. Não há nada também que indique se uma segunda manifestação pode ser forma mais graves. Em todo o caso, a pessoa precisa ser reavaliada, examinada e de preferência coletado novos exames”, orienta Marco Aurélio.
por Aisla Vasconcelos