AVC está entre as comorbidades dos óbitos por coronavírus em Sergipe

AVC está entre as comorbidades dos óbitos por coronavírus em Sergipe

julho 4, 2020 Off Por JJ

De acordo com a enfermeira e gerente da Área Azul do Huse, Simone Viana, o melhor remédio para evitar um AVC é a prevenção (Foto: Ascom/ SES)

Nos últimos quatro meses, de março a junho, início da pandemia, já foram registrados no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) 117 atendimentos a pacientes vítimas de AVC e 70 deles precisaram de cuidados especiais. A orientação é que esses grupos de risco redobrem os cuidados nas medidas de prevenção a Covid-19, já que é uma doença que está entre as comorbidades com óbitos no Estado.

De acordo com a enfermeira e gerente da Área Azul do Huse, Simone Viana, o melhor remédio para evitar um AVC é a prevenção. Grande parte dos pacientes internados na área têm algum tipo de AVC e, em sua maioria, são idosos, que por sua vez, segundo o último boletim epidemiológico elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), desta quinta- feira, 2, a partir dos 60 anos contabilizam 66% dos óbitos em Sergipe.

Para Simone, exercícios físicos regularmente, controle da pressão arterial, alimentação saudável, não fumar e evitar ou controlar bebida alcoólica ajudam nessa prevenção.“Eles chegam com sintomas variados como a perda repentina da força muscular, dormência no rosto, braço ou perna, fala arrastada, dor de cabeça, aumento da pressão intracraniana, náuseas, entre outros. Aqui o especialista atende e solicita exame de sangue, tomografia, ecocardiograma e em casos mais graves uma angiografia do cérebro. O tratamento emergencial com medicamentos deve ser imediato para aumentar as chances de vida e de reduzir complicações ou sequelas”, explicou.

O pai da servidora pública Mariana Souza, 44, estava na sala de casa assistindo televisão e sentiu um formigamento do lado esquerdo do rosto e aos poucos o braço também ficou adormecido. “Eu me desesperei e fiquei nervosa, chamei meu vizinho que é enfermeiro e ele suspeitou de início de AVC. Ligamos para o SAMU, que chegou rápido e levamos ele para o Huse que é o local mais indicado e que contava com neurologista naquele horário. Ele fez tomografia e foi constatado um AVC isquêmico de forma mais leve para o meu alívio. Ele ficou internado aquela noite e seguimos com medicações e as orientações médicas. Hoje o meu pai que tem 76 anos, está bem e tomamos os cuidados por causa da Covid-19”, concluiu.

Fonte: SES