Tesouro Direto: taxas dos títulos públicos operam próximas da estabilidade

Tesouro Direto: taxas dos títulos públicos operam próximas da estabilidade

junho 23, 2020 Off Por JJ

ações alta índices bolsa stock mercado
(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto operam sem grandes oscilações nesta terça-feira.

A sessão de menor aversão ao risco no mercado global, com os investidores repercutindo declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre o acordo comercial com a China, é parcialmente compensada pelo fronte local, com o mercado atento à cena política.

Também está no radar nesta manhã a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual foi reforçada a mensagem de que eventual ajuste futuro na Selic (a taxa básica de juros) será apenas “residual”. Na semana passada, o colegiado do BC reduziu a Selic pela oitava vez consecutiva, em 0,75 ponto porcentual, de 3,00% para 2,25% ao ano.

Entre os papéis prefixados, o prêmio pago pelo título com vencimento em 2023 estava em 4,20% nesta manhã, ante 4,19% no pregão de segunda-feira. O juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, que era de 6,48% na tarde de ontem, recuava hoje para 6,46%.

Entre os títulos indexados à inflação, o prêmio do Tesouro IPCA+ 2026 subia de 2,71%, na sessão passada, para 2,72%, nesta manhã. A taxa do mesmo papel com vencimento em 2035, que no pregão anterior era de 4,12%, recuava hoje para 4,11%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta terça (23):

td-23.06-manha.jpg (683×630)

Juros no Brasil

Na ata do Copom, o Banco Central disse considerar a magnitude do estímulo monetário já implementado compatível com os impactos econômicos da pandemia da covid-19.

“Para as próximas reuniões, o comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual.”

O BC deixou claro, no entanto, que seguirá atento a revisões de cenário e expectativas de inflação. “O comitê reconhece que, em vista do cenário básico e do seu balanço de riscos, novas informações sobre a evolução da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos”, registrou na ata divulgada hoje.

Além da comunicação da autoridade monetária com o mercado, os investidores monitoram com atenção nova operação da polícia em busca de Márcia Oliveira Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, que está foragida.

Cena global

No fronte internacional, os investidores receberam com alivio declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o acordo com a China.

Em sua conta no Twitter, Trump afirmou que “o acordo comercial com a China está totalmente intacto”. A declaração foi dada após comentários de Peter Navarro, assessor comercial da Casa Branca, terem dado a entender o contrário, alimentando temores por parte dos investidores.

Navarro – um notório crítico da China – disse em entrevista à Fox News que o acordo havia “acabado”. Posteriormente, Navarro tentou esclarecer seus comentários, alegando ao The Wall Street Journal que haviam sido “totalmente tirados de contexto”. Os futuros de Nova York, com o Dow Jones caindo cerca de 400 pontos logo após a primeira fala de Navarro, diminuíram as perdas após o consultor negar a afirmação e registram ganhos durante a manhã.

Invista na carreira mais promissora dos próximos 10 anos: aprenda a trabalhar no mercado financeiro em um curso gratuito do InfoMoney!