Fiocruz faz orientações sobre desinfecção de superfícies e objetos
junho 5, 2020Uma das formas de contágio do coronavírus é o contato com superfícies e objetos contaminados (como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc) e também com pessoas doentes, através do toque de mão, gotículas de saliva, espirro, tosse. A chefe do Setor de Saneantes do Departamento de Microbiologia do INCQS/Fiocruz, dra. Bruna Sabagh, orienta sobre a limpeza e desinfecção correta dos ambientes, utensílios e objetos.
Cientistas dos Estados Unidos, de universidades e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), desenvolveram o estudo “Aerosol and surface stability of HCoV-19 (SARS-CoV-2) compared to SARS-CoV-1”, identificando a sobrevida do vírus em várias superfícies: aço inoxidável – 3 dias; plástico – 3 dias; papelão – 1 dia; cobre – 4 horas. Devido a isso, a desinfecção e limpeza devem abranger todos os possíveis locais que podem estar com o coronavírus presente, incluindo o chão, maçanetas, corrimão, interruptores de luz, superfícies de móveis, chaves, embalagens de produtos etc.
No caso de utensílios e objetos, a limpeza com água e sabão é considerada eficiente para a descontaminação do coronavírus. Quando essa limpeza não é possível, é necessário então o uso de desinfetantes. Entre esses desinfetantes que podem ser utilizados estão o álcool etílico nas formas líquido e em gel a 70%, além de hipoclorito de sódio, quaternários de amônio e compostos fenólicos.
Na desinfecção de superfícies, conforme enfatizado por ela, o primeiro passo é utilizar apenas produtos desinfetantes regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não é recomendável o uso de produções caseiras ou vendidas em mercados informais, pois podem acarretar riscos à saúde (queimaduras, intoxicação, irritações) e não serem eficazes.
Além disso, para alcançar o resultado esperado, é importante seguir as informações contidas nos rótulos dos produtos, que especificam as substâncias e fornecem as instruções de uso e armazenamento – lembrando que os desinfetantes devem ficar fora do alcance de crianças e animais de estimação – e os cuidados e equipamentos necessários para sua aplicação.
Além da desinfecção e limpeza das superfícies e objetos, dra. Bruna ressalta a orientação do Ministério da Saúde (MS) com os cuidados que se deve ter ao chegar da rua:
“A recomendação é que as pessoas não saiam de casa, fiquem em afastamento social. Mas em caso de extrema necessidade, a pessoa deve, ao chegar da rua, tirar os calçados e limpá-los em um local separado em casa, lavar as mãos com água e sabão, trocar a roupa e lavá-la imediatamente, e em seguida tomar banho”, orientou, e completou: “também é recomendável que sejam higienizados os objetos que você levou para rua, como carteira, chaves e celular, bem como os que trouxeram dela, como sacolas de mercado e a embalagem dos produtos comprados”.
Fonte: Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INQS)