Nem LeBron, nem Messi: Roger Federer é o atleta mais bem pago do mundo
maio 29, 2020Lenda das quadras, Roger Federer tem mais uma marca histórica em sua carreira. O suíço se tornou o primeiro tenista a alcançar o topo do ranking de atletas mais bem pagos do mundo nos últimos 12 meses. Ele deixou para trás nomes como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e LeBron James.
Federer somou mais de US$ 106 mi, sem descontar impostos. A quantia equivale a R$ 563 mi, na cotação atual. Messi é o segundo da lista, com US$ 105 mi. Logo atrás estão Cristiano Ronaldo, US$ 104 mi, Neymar, US$ 95,5 mi, e LeBron James, US$ 82,2 mi. Atual número 1 do mundo, Novak Djokovic está na 23º colocação, e é o segundo tenista da relação, com US$ 44,6.
A diferença de Federer para os outros tenistas aumenta gradativamente. Rafael Nadal, vencedor de dois dos últimos quatro Grand Slams, ficura em 27º, com US$ 40 mi. A lista também tem duas mulheres: Naomi Osaka, 29ª colocada geral, com US$ 37,4 milhões, e Serena Williams, 33ª, com US$ 36 mi.
Federer ocupa o 4º lugar no ranking da ATP, e não vence um Grand Slam desde janeiro de 2018. Mesmo assim, se mantém entre os melhores do mundo, sem previsão de aposentadoria. Enquanto diminui o ritmo de jogos e conquistas, amplia sua atuação fora das quadras.
Suas maiores fontes de renda nos últimos anos têm sido os patrocinadores e pagamentos por exibições. Para efeito de comparação, nos últimos 12 meses, Federer arrecadou somente com premiações no circuito cerca de US$ 5 milhões, o que equivale a 5% do montante total que ganhou, segundo a Forbes.
Somente em exibições, o suíço bateu duas vezes seguidas o recorde de público para um jogo de tênis nos últimos meses. Em novembro, 42.517 pessoas o assistiram contra o alemão Alexandre Zvev, no México, e em fevereiro deste ano, foram 51 mil na África do Sul, no confronto contra Rafael Nadal.
Os jogos são cercados de eventos de marketing, aumentando o potencial de venda do tenista. Nenhum outro atleta da modalidade tem tantos e tão importantes patrocinadores – a lista total soma 13 empresas.
O peso das marcas é tão forte que permitiu que Federer encerrasse uma longa parceria com a Nike, em 2018. No lugar, colocou a Uniqlo e a On como fornecedoras de uniformes e tÊnis. As movimentações aumentaram ainda mais a exposição fora das quadras.
Na prática, Federer subiu a um patamar similar ao do jogador de golfe Tiger Woods. O suíço e o norte-americano são os dois únicos atletas do mundo que alcançam a marca de US$ 100 milhões em um ano.
O acordo com a Uniqlo deve render US$ 300 milhões em dez anos, a contar de 2018. Segundo especialistas, será o suficiente para incluir o suíço na seleta lista de atletas bilionários.
Federer estará a altura de lendas como Michael Jordan tambémk no ponto de vista financeiro – esportivamente, as comparações são antigas. Além de Federer e Woods, o somente Floyd Mayweather, já aposentado, atingiu a marca dos bilhões.
* Com Estadão Conteúdo