Veto presidencial vai controlar aumento de salários de funcionalismo, diz Guedes

Veto presidencial vai controlar aumento de salários de funcionalismo, diz Guedes

maio 29, 2020 Off Por JJ

Paulo Guedes
(Wilson Dias/Agencia Brasil)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o veto presidencial que manteve o congelamento de salários de servidores públicos até o fim de 2021 vai ajudar a controlar os gastos dos Estados.

Em webinar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre o novo mercado de gás, o ministro afirmou que essa medida era uma das principais fontes de descontrole de gastos, assim como a Previdência e a taxa básica de juros da economia – que tinha como consequência também a valorização do câmbio. “Quebramos essa dinâmica perversa”, comentou.

Guedes destacou ainda que essas políticas permitiram que BNDES e Caixa fossem desalavancados e começassem a devolver recursos que deviam ao Tesouro.

Segundo ele, embora o endividamento da União tenha crescido muito devido ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, ele reiterou que o que interessa é a trajetória futura de gastos, ainda que eles aumentem em 2020, de forma extraordinária.

“É importante manter trajetória futura de redução de gastos, mesmo com gasto de saúde em 2020”, disse o ministro.

De acordo com Guedes, não faltarão recursos para a saúde. Guedes afirmou que os gastos do Brasil para enfrentar a pandemia estão crescendo mais do que outros países emergentes e mais que a média dos avançados. “Não faltará proteção para os brasileiros”, frisou.

O ministro mencionou o pagamento do auxílio emergencial e as transferências de recursos para Estados e municípios. “Temos consideração pela população, é obrigação de Estado lançar camada de proteção”, afirmou.

Sem citar o ex-presidente Lula, que “agradeceu” o surgimento do novo coronavírus pelo reconhecimento da importância do Estado na Saúde, o ministro disse que o País não pode “tirar lições erradas” da crise – o ex-presidente pediu desculpas pela frase.

Guedes disse ainda que o BNDES é uma peça-chave para viabilizar o “choque da energia barata”, como ele chama as medidas para abertura do novo mercado de gás. O ministro disse ainda que o marco regulatório do saneamento deve ser aprovado em breve no Congresso.

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