Brasil fecha mais de 860 mil vagas de trabalho em abril, aponta Caged
maio 27, 2020SÃO PAULO – O mercado de trabalho brasileiro fechou 860.503 empregos com carteira assinada em abril de 2020, de acordo com dados consolidados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Economia.
O saldo foi resultado de 598.596 admissões e 1.459.099 demissões ao longo do último mês.
Em abril do ano passado, o Caged teve saldo positivo de 129.601 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.071 demissões.
Com isso, os números mostram que houve um aumento de 17,2% nas demissões na comparação anual, enquanto as admissões recuaram 56,5%.
Confira a evolução do Caged no ano:
Em valores nominais, São Paulo teve o pior desempenho, com o fechamento de 260.902 vagas. Em seguida aparece Minas Gerais (-88.298), Rio de Janeiro (-83.626) e Rio Grande do Sul (-74.686).
De janeiro a abril de 2020, houve 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões no país, resultando num acumulado de 763.232 fechadas nos quatro primeiros meses do ano.
Um ano atrás, o mesmo período contou com 5.529.457 admissões e 5.215.622 demissões, com um saldo positivo de 313.835. Ou seja, as admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no intervalo de um ano.
Na comparação mês a mês, o salário médio real de admissão no Brasil cresceu. Passou de R$ 1.496,92 em abril de 2019 para R$ 1.814,62 no mês passado.
Segundo o Ministério da Economia, desde 1º de abril, data da edição da Medida Provisória 936/2020, que criou o Programa Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, foram preservados mais de 8,1 milhões de empregos no país.
Além disso, foi informado que os dados do Caged agora passam a ser agrupados na mesma divisão feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Comércio, Serviços, Indústria Geral, Construção Civil e Agricultura.
No intervalo de janeiro a abril de 2020, Agricultura teve saldo positivo de 10.032, resultado de 275.464 contratações e 265.432 demissões. O resultado da Construção Civil ficou negativo em -21.837. Comércio teve -342.748, Serviços -280.716 e Indústria -127.886.
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