Cripto dispara 3.500% após brasileira seguida por Kanye West vender conta; entenda

março 16, 2024 Off Por JJ

Uma brasileira viveu seus momentos de fama nos últimos dias após viralizar na internet por ser uma das poucas pessoas seguidas pelo rapper americano Kanye West. Em questão de horas, a situação se transformou em uma memecoin que disparou de preço e movimentou milhões de dólares – e “morreu” pouco depois.

A situação começou quando a brasileira soube por acaso que era seguida por West no Instagram – a única conta acompanhada por ele na rede social além do também rapper Ty Dolla Sign. Segundo o site TechTudo, seu perfil foi um dos seguidos por West em 2021, durante campanha de lançamento de um novo álbum em que ele passou a seguir vários fãs. O cantor, no entanto, fez uma limpeza no perfil tempos depois, mas a brasileira “sobreviveu” porque sua conta estava temporariamente desativada – a surpresa veio nesta semana, quando ela reativou o perfil. A história foi compartilhada pela usuária na quinta-feira (14), no X (antigo Twitter).

Após a repercussão nas redes, ela anunciou aos seguidores: havia vendido a conta. “Não me interessa e não é de minha responsabilidade o que a pessoa vai fazer com a conta. Sou apenas uma pobre universitária devedora do Fies”, disse a internauta em uma de suas últimas publicações no X , segundo o TechTudo.

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“Memecoin” dispara 3.500%

Após o anúncio de venda, o perfil foi remodelado e passou a promover uma nova criptomoeda chamada YE (apelido de Kanye West), que logo ganhou notoriedade e passou a ser uma das mais negociadas do dia entre os ativos digitais que rodam na rede Solana (SOL), a mais popular do momento no mundo das criptos que têm origem em memes.

Por volta das 6h de sexta-feira (15), a criptomoeda era negociada por cerca de US$ 0,60. No pico, às 18h do mesmo dia, chegou a atingir US$ 21, uma disparada de 3.500%. Minutos depois, a cripto já havia perdido quase todo o seu valor. Segundo dados da plataforma Dexscreener, o token acumula queda de 91% nas últimas 24 horas.

Disparada e derrocada da ‘memecoin”. Fonte: Reprodução Dexscreener

Golpe

O caso traz características de um conhecido golpe no mundo das criptomoedas chamado de rugpull (puxão de tapete, em português). Ele envolve a promoção de uma criptomoeda controlada pelo criador, que usa as redes sociais para estimular que outras pessoas adquiram o ativo para inflar o preço.

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Quando o valor alcança um determinado objetivo, ele despeja uma grande quantidade de tokens no mercado, usando compradores como liquidez para embolsar os lucros – e fazer a criptomoeda “evaporar”.

Em geral, o golpe é perpetrado por pessoas por trás de perfis anônimos nas redes, principalmente no Twitter e no Telegram. A brasileira que vendeu a conta nega ligação com o comprador. Seu ganho, aparentemente, teria sido apenas com a venda do perfil no Instagram, que já não é seguido mais por Kanye West. Enquanto isso, a conta da usuária no X, onde ela contou o caso, está fechada. O InfoMoney tentou contato, mas sem sucesso.

(Colaboração Rodrigo Petry)