Enfermeiros da Fundação Hospitalar deflagram paralisação de 24h
fevereiro 28, 2024Em mais uma agenda de mobilização, os enfermeiros ligados à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) deflagraram nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 28, uma paralisação de 24h. Segundo o Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe (Seese), apesar da interrupção temporária das atividades, 50% do efetivo de trabalhadores estarão em seus postos de trabalho para atender a população até às 07h desta quinta-feira, 29, quando termina a paralisação.
De acordo com a presidente do Seese, Shirley Morales, a paralisação busca unir a categoria em torno da audiência que acontece na manhã de hoje no Tribunal de Justiça Federal em Sergipe, localizado no bairro Capucho. “É a audiência que vai definir se o acordo judicial feito em 2018 vai ser executado ou não. É o que vai definir se vai existir o fim do contrato da gestão da Fundação Hospitalar de Saúde com o Estado”, pontua Morales.
Ainda segundo ela, sem esse contrato de gestão, não há como vir um orçamento para a Fundação para que ela possa honrar com a folha de pagamento. “Seria manter o funcionário lá sem a remuneração, ou tentar ver outras fórmulas e outros vínculos, não sendo, a gente não descarta a possibilidade que também possam ser exonerados. Dentro dessa exoneração, não haveria a questão de recebimento dos direitos trabalhistas, porque a gente sabe que hoje todas as ações trabalhistas da Fundação Hospitalar de Saúde vão para precatórios, o que impossibilita de receber os direitos trabalhistas de maneira imediata”, afirma.
Diante desse cenário, a presidente do Sindicatos dos Enfermeiros destaca a importância da participação dos profissionais na audiência do Tribunal Federal de Justiça em Sergipe a fim de unir a categoria no tocante à expectativa do julgamento e do que poderá ser deliberado após a audiência. “É o futuro de todos os trabalhadores ligados à Fundação Hospitalar que está em debate. Por isso a relevância que todos participem”, avalia Morales.
O Portal Infonet entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), que até a publicação desta matéria não se manifestou. Seguimos à disposição através do e-mail jornalismo@infonet.com.br.
por João Paulo Schneider