Trade hoje: Ibovespa segue negativo em outubro e com tendência de baixa no curto prazo, aponta análise técnica

O Ibovespa segue com tendência de baixa no curto prazo, segundo analistas técnicos, e acumulando perdas no mês de outubro, que somam 0,7%. Mesmo com a queda de 1,1% no pregão de sexta-feira (13), o Ibovespa se valorizou 1,39% na semana passada, indo aos 115.754 pontos.

Dessa forma, no acumulado deste ano, a Bolsa tem alta de 5,49%, mas neste semestre soma perdas de 1,98%. Assim, a safra de resultados de companhias abertas no Brasil, que começa nos próximos dias, vai essencial para definição dos caminhos do Ibovespa até o final deste ano.

Confira a seguir, quais são as expectativas para o Ibovespa, nesta semana, com base na análise de grafistas.

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Trade hoje: Análise técnica Ibovespa

Para Gilberto Coelho, analista técnico da XP, na sexta-feira, o Ibovespa fechou com candle de baixa, perdendo a média de 21 dias, o que favorece quedas. “Abaixo dos 115.650, favorecerá teste dos suportes em 111.598 ou 108.190”, aponta.

A tendência de alta, acrescenta, seria retomada com um fechamento acima dos 117.100, projetando de 119.780 a 123.000 no topo do ano. “O IFR (Índice de Força Relativa) reverteu para baixo com aumento no volume negociado, reforçando o sinal de baixa”, assinala.

Em relatório de análise técnica, a Ágora destaca que o Ibovespa encerrou a última semana respeitando a linha de pescoço da formação “ombro-cabeça-ombro”, traçada no seu gráfico diário, oferecendo resistência para a tendência de baixa na linha dos 117.100 pts.

“Na queda, o índice mira novamente no suporte, que ficou marcado em 111.600 e, na perda deste nível, pode seguir em direção ao próximo objetivo, que aponta para a região dos 108.200 pts.”

“Do lado superior, apenas a quebra convincente dos 117.100 seguida dos 122.600, liberaria o índice para a retomada da alta”, completa a análise.

Ibovespa dentro de canal de baixa

Para o analista técnico da Genial, Igor Graminhani, o Ibovespa segue em tendência de baixa no curto prazo e dentro de uma formação de canal de baixa [traçada em roxo no gráfico abaixo].

Os próximos suportes, conforme a análise, ficam em 111.600 e 108.190 pontos, enquanto as resistências encontram-se em 118.150 (LTB), 119.780 e 123.010 pontos.

Por fim, a analista Caroline Daher, da Mulher na Bolsa, aponta que, durante a semana passada, o Ibovespa alcançou uma importante região de resistência, aos 116.870,82, “mas não teve força suficiente para romper, fechando abaixo dela.”

“No curto prazo, ainda há uma linha de tendência de baixa desenhada no gráfico. O ativo está performando acima da MMA200 e abaixo da MME72”, aponta ela. Ademais, o Índice de Força Relativa (IFR 14) está na linha dos 49 pontos e o On Balance Volume (OBV) está acima da linha da MMA10, apontando para baixo.

Conforme a analista, os alvos projetados, do lado do suporte, são  114.751,42 e 113.072,91, enquanto do lado da resistência estão em 116.870,82 e 117.904,26.

O que é análise técnica?

Também chamada de análise gráfica, ela é uma forma de prever os movimentos das ações utilizando-se do histórico delas por meio do gráfico.

A análise se tornou popular com o jornalista Charles Dow, fundador do jornal The Wall Street Journal, e que empresta seu nome ao mais tradicional índice acionário dos Estados Unidos, o Dow Jones.

Suporte e resistência

Os suportes são regiões de preço que costumam atrair compradores sempre que a ação atinge aquele patamar. Ou seja, o papel sobe após atingir aquela cotação.

As resistências, ao contrário, são regiões de preços que costumam atrair vendas. Ou seja, a ação geralmente cai após bater naquela cotação.

Uma regra importante na análise técnica é a da bipolaridade, que significa que o suporte, quando rompido, se torna uma resistência e a resistência, quando superada, torna-se um suporte.

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