Ibovespa Futuro tem leve baixa com repercussão ao PIB da China e prévia do PIB do Brasil

O Ibovespa Futuro opera com leve baixa nesta manhã de segunda-feira (17), com investidores repercutindo o Produto Interno Bruto da China abaixo do esperado, enquanto avaliam falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita a Bruxelas.

A economia da China cresceu 6,3% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, abaixo dos 7,3% previstos por pesquisa da Reuters com analistas, o que aumentou as preocupações com a recuperação da segunda maior economia do mundo.

Na frentes de dados, investidores digerem o IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central, considerado um proxy do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que caiu 2,0% em maio na comparação com abril. O consenso Refinitiv de analistas esperava estabilidade (0,0%) no índice mensal.

Leia também

Em meio a isso, Lula disse nesta segunda-feira em Bruxelas que espera que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul seja concluído este ano.

Às 9h12 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com baixa de 0,15%, a 118.805 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam com baixa, enquanto Wall Street está se preparando para o que será uma temporada sombria com lucros mais baixos. Os analistas preveem um recuo de mais de 7% nos ganhos do S&P 500 em relação ao ano anterior, de acordo com a FactSet.

Com relação a política monetária, os investidores antecipam uma chance de quase 97% de que o banco central aumente as taxas de juros no final deste mês, após interromper os aumentos em junho, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,27%, S&P Futuro recuava 0,17% e Nasdaq Futuro operava com queda de 0,04%.

De volta ao cenário local, as projeções de analistas de mercado para a inflação de 2023 mantiveram nesta semana a estimativa para a inflação de 2023 e elevaram a do para o PIB de 2,19% para 2,23%, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (17) no Relatório Focus do Banco Central. A estimativa do IPCA para este ano estacionou em 4,95% após oito semanas consecutivas de alta.

Dólar

O dólar comercial opera com alta de 0,15%, cotado a R$ 4,801 na compra e R$ 4,802 na venda. Já o dólar futuro para agosto subia 0,24%, equivalente a R$ 4,816.

No mercado de juros, os contratos futuros recuam em bloco na sessão de hoje. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,02 pp, a 12,84%; DIF25, -0,06 pp, a 10,86%; DIF26, -0,07 pp, a 10,27%; DIF27, -0,10 pp, a 10,26%; DIF28, -0,10 pp, a 10,42%; DIF29 -0,09 pp, a 10,55%.

Exterior

Os mercados europeus registram perdas generalizadas nesta segunda-feira, com destaque para queda de 8,6% das ações da varejista suíça de luxo Richemont, depois que seus números de vendas mostraram uma desaceleração na demanda dos EUA, embora uma recuperação significativa na Ásia.

O mercado vai acompanhar novos discursos de Christine Lagarde, presidente do BCE, a respeito do futuro da política monetária na zona do euro, em uma conferência do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, na Alemanha.

A temporada de resultados também ganha tração na Europa, com os resultados da Novartis, Ocado e ASML.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa, com investidores digerindo os principais dados econômicos da China.

O produto interno bruto da China no segundo trimestre cresceu 6,3% em relação ao ano anterior, abaixo das expectativas em comparação com a previsão de 7,3% de analistas consultados pela Reuters.

A taxa de desemprego entre jovens de 16 a 24 anos, por sua vez, atingiu 21,3% em junho, um novo recorde.

Já o banco central da China manteve suas taxas de empréstimo de médio prazo inalteradas em 2,65%, depois que o Banco Popular da China lançou 103 bilhões de yuans (US$ 14,43 bilhões) em empréstimos de médio prazo de um ano a essa taxa.

O PBOC também realizou uma operação de recompra reversa de 33 bilhões de yuans por meio de recompra reversa de sete dias, a uma taxa inalterada de 1,9%.

Os mercados de Hong Kong estão fechados nesta segunda-feira devido a um alerta emitido para o tufão Talim.

Os preços do petróleo opera com alta após abrir em forte baixa, com traders repercutindo o PIB da China abaixo das expectativas.

Na Rússia, as exportações de petróleo dos portos ocidentais devem cair cerca de 100.000 a 200.000 barris por dia (bpd) no próximo mês em relação aos níveis de julho, um sinal de que Moscou está cumprindo sua promessa de novos cortes de oferta em conjunto com a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disseram duas fontes ouvidas pela CNBC.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com baixa na sessão hoje, com os traders avaliando uma série de dados econômicos da China contra as esperanças de mais estímulos.

Relacionados