Tesouro Direto: prefixados pagam 13,05% à espera de definições sobre a PEC e comunicado do Copom
dezembro 6, 2022A terça-feira (6) começa movimentada com o primeiro dia da reunião da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que deve manter a Selic em 13,75% no comunicado de amanhã (7). O dia também é marcado pela largada oficial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que deve ser votada ainda hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo informações do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Alexandre Silveira (PSD-MG), senador e relator da PEC, apresentará um texto que estipula que o gasto extrateto fique em R$ 150 bilhões para o período de dois anos, abaixo dos R$ 198 bilhões e dos quatro anos previstos na proposta original enviada pelo novo governo eleito. Se for votada na CCJ nesta terça, a tendência é que o texto siga para votação no plenário do Senado amanhã.
Paralelamente a isso, investidores repercutem os dados de atividade divulgados na véspera (5) nos Estados Unidos. Os números voltaram a suscitar dúvidas sobre a resiliência da economia americana e sobre a necessidade de que os juros precisem alcançar patamares ainda mais elevados para driblar a escalada de preços no País.
No Tesouro Direto, os juros oferecidos pela maioria dos títulos públicos operam em estabilidade nesta manhã. A maior remuneração oferecida por prefixados era entregue pelo papel com vencimento em 2025, no valor de 13,05% ao ano, em linha com os 13,06% registrados na véspera.
Apenas alguns papéis apresentavam alta nas taxas, caso do Tesouro IPCA+ 2045, que oferecia um retorno real de 6,11% ao ano na primeira atualização do dia, acima dos 6,06% vistos na véspera. Esse era também o maior valor entregue por títulos atrelados à inflação na abertura dos negócios.
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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para a compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (6):
PEC da Transição
A aprovação do texto da PEC da Transição tal como foi proposto pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá enfrentar mais uma barreira durante a tramitação. Em relatório enviado nesta semana, analistas de política da XP destacaram que o senador Carlos Portinho (PL-RJ) protocolou requerimento na CCJ para pedir uma audiência pública com economistas antes da apreciação da proposta.
No documento, Portinho afirmou que a “discussão ampliada é indispensável para dirimir ambiguidades presentes na Proposta, além de subsidiar os parlamentares na tomada de decisão a respeito dos temas tão relevantes como sustentabilidade fiscal, investimentos e papel do Estado nas questões sociais”.
Além de monitorar o alcance da PEC da Transição, o Senado avalia retirar outra despesa da âncora fiscal: o seguro rural para o agronegócio. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
O periódico traz que senadores querem retirar as despesas relativas ao Seguro Rural do teto de gastos e das outras regras fiscais também por dois anos, proposta com impacto de R$ 1,1 bilhão somente em 2023.
A articulação envolve aceitar uma emenda do senador Zequinha Marinho (PL-PA) e fazer uma sinalização ao agronegócio. A decisão abriria margem para outros setores também reivindicarem flexibilizações na PEC. O seguro rural coloca dinheiro da União no setor em contratos feitos por produtores rurais para prevenir danos com desastres naturais e quedas abruptas de preços.
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Viagem de Lula aos EUA
O ex-chanceler Celso Amorim afirmou ontem (5) que o encontro entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve ocorrer somente após a posse de Lula em 1º de janeiro, e não mais neste mês como havia sido cogitado.
Os comentários de Amorim, um dos principais assessores de Lula, ocorreram no dia em que o presidente eleito reuniu-se com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
“(Sullivan) fez questão de dizer que o presidente Biden estaria disposto a receber o presidente Lula antes mesmo da posse”, disse Amorim aos jornalistas após o encontro.
