Bolsas sobem antes de resultados nos EUA; dados da China, IBC-Br no Brasil e mais destaques do mercado hoje

Bolsas sobem antes de resultados nos EUA; dados da China, IBC-Br no Brasil e mais destaques do mercado hoje

outubro 17, 2022 Off Por JJ

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta segunda-feira (17), revertendo partes das perdas registradas na última sexta-feira, à medida que investidores aguardam pelos resultados corporativos do terceiro trimestre deste ano em busca de pistas sobre como as empresas estão lidando com a inflação crescente.

O Bank of America divulga seu balanço hoje antes da abertura, enquanto o Goldman Sachs divulgará os números na terça-feira de manhã. JP Morgan e Wells Fargo reportaram resultados sólidos na semana passada, já a receita de negociação de ações do Morgan Stanley decepcionou.

Na frente econômica, saem os dados de atividade industrial Empire State, da indústria de Nova York, às 9h30.

As bolsas da Europa também operam no campo positivo na sessão de hoje, com investidores aguardando uma declaração fiscal do novo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt.

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Já os mercados asiáticos fecharam mistos, com preocupações de recessão pesando sobre as expectativas de políticas monetárias mais apertadas em todo o mundo. As atenções ainda se voltam para o Congresso do Partido Comunista Chinês. O presidente chinês, Xi Jinping, reforçou  a recente mudança do país do rápido crescimento e maior foco na autossuficiência nacional, especialmente em tecnologia. No final da noite de hoje, serão divulgados dados do PIB e de indústria da China.

No Brasil, onde a temporada de resultados está prestes a começar, a Vale (VALE3), empresa de maior peso da Bolsa, divulgará hoje sua prévia operacional, após o fechamento dos mercados.

Em indicadores, está previsto para às 9h a divulgação do IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central. A media de projeções do consenso Refinitiv aponta para queda mensal de 0,50%, mas alta de 5,40% na base anual.

Do lado político, Lula e Bolsonaro estiveram frente a frente pela primeira vez, na noite deste domingo (16), em um debate depois da votação de 2 de outubro que os fez avançar na disputa. Ambos candidatos concentram esforços em batalha de rejeição e deixaram propostas para o país em segundo plano.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de segunda-feira depois de uma semana tumultuada, enquanto investidores aguardam por mais resultados corporativos.

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O BofA divulga seu balanço hoje, antes da abertura, Netflix, Goldman Sachs, IBM e Tesla estão previstos para os próximos dias.

Na frente econômica, destaque para o Livro Bege, relatório sobre as condições econômicas nos distritos do Fed, previsto para quarta-feira. O documento deve reforçar os riscos da inflação e a necessidade de continuar com o aperto monetário agressivo.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), +0,74%
  • S&P 500 Futuro (EUA), +0,90%
  • Nasdaq Futuro (EUA), +1,10%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única no pregão desta segunda-feira, à medida que temores de recessão pesaram sobre os principais índices da região.

Para esta semana, vários países da região devem divulgar dados de inflação, enquanto a Austrália divulgará estatísticas de desemprego e a China anunciará sua decisão sobre a taxa básica de empréstimos.

No fim de semana, o presidente chinês Xi Jinping fez um discurso na cerimônia de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, onde alertou contra a “interferência de forças externas” em Taiwan – uma ilha autogovernada que Pequim vê como uma província fugitiva. Ele também disse que a China “nunca prometerá renunciar ao uso da força” para a reunificação.

  • Shanghai SE (China), +0,42%
  • Nikkei (Japão), -1,16%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), +0,15%
  • Kospi (Coreia do Sul), +0,32%

Europa

Os mercados europeus operam em alta, enquanto Reino Unido aguarda uma declaração fiscal de seu novo ministro das Finanças, Jeremy Hunt.

No fim de semana, Hunt disse à BBC que mostrará aos mercados que o Reino Unido “pode contabilizar adequadamente cada centavo de seus planos de impostos e gastos”.

Na sexta-feira, Kwasi Kwarteng, ministro das Finanças do Reino Unido, não resistiu à crise e foi demitido, 45 dias após assumir o cargo. 

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A libra subiu cerca de 0,8% em relação ao dólar, sendo negociada em torno de US$ 1,1262, ampliando os ganhos depois que um comunicado do Tesouro do Reino Unido disse que Hunt faria alguns anúncios de política hoje – antes do esperado.

  • FTSE 100 (Reino Unido), +0,50%
  • DAX (Alemanha), +0,43%
  • CAC 40 (França), +0,39%
  • FTSE MIB (Itália), +0,39%

Commodities

As cotações do petróleo sobem nos primeiros negócios desta segunda-feira, com enfraquecimento do dólar enquanto agentes do mercado aguardam dados da China para avaliar a demanda no maior importador de petróleo bruto do mundo.

Já os preços do minério de ferro recuam com perspectivas nebulosa sobre o crescimento da econômico da China em 2022.

O gigante asiático reportará dados comerciais e econômicos esta semana. Embora o crescimento do PIB no terceiro trimestre possa se recuperar em relação ao trimestre anterior, a rigorosa política de Covid-19 de Xi faz com que a segunda maior economia do mundo enfrente o que provavelmente será seu pior desempenho anual em quase meio século.

  • Petróleo WTI, +0,13%, a US$ 85,72 o barril
  • Petróleo Brent, +0,19%, a US$ 91,80 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 2,00%, a 686,50 iuanes, o equivalente a US$ 95,29

Bitcoin

  • Bitcoin, +0,47% a US$ 19.269,13 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

A agenda desta semana é marcada por uma enxurrada de dados na China, incluindo o PIB, a produção industrial, vendas no varejo e os números da balança comercial, que devem repercutir nas commodities.

Nos EUA, a temporada de resultados trimestrais ganha força e os investidores seguem atentos a qualquer novo sinal de aumento de inflação, aperto monetário e de desaceleração econômica.

O Federal Reserve, mais uma vez, domina a agenda macroeconômica dos EUA. Diversos presidentes distritais do BC americano vão discursar ao longo da semana. Depois que o índice de inflação ao consumidor de setembro veio acima das estimativas, o mercado acredita que os dirigentes devem adotar um tom mais agressivo sobre combate à alta dos preços no país e elevação de juros. Na quarta-feira (19), será divulgado o Livro Bege, relatório sobre as condições econômicas nos distritos do Fed.

Na zona do euro, serão divulgados o índice de percepção da economia (na terça-feira) e de confiança do consumidor (na sexta, dia 21).

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Por aqui, os próximos dias reservam poucos indicadores econômicos. Está previsto para hoje a divulgação do IBC-Br, considerado a prévia do Produto Interno Bruto.

Brasil

8h: Índice IPC-S semanal

8h25: Boletim Focus

9h: IBC-Br de agosto, consenso Refinitiv aponta para queda mensal de 0,50%, mas alta de 5,40% na base anual

09h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa da reunião “CCA Roundtable Meetings – Governors with New York-based Chief Economists and Strategists for Latin America” promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) e pelo Federal Reserve Bank de Nova Iorque, em Nova Iorque, Estados Unidos. (fechado à imprensa)

12h30: Campos Neto participa do almoço de trabalho para Presidentes de Bancos Centrais do Consultative Council for the Americas (CCA) do Banco de Compensações Internacionais (BIS), promovido pelo Chair do Federal Reserve Bank de Nova Iorque, em Nova Iorque, EUA. (fechado à imprensa)

15h: Campos Neto tem reunião com Patricia Zobel, do Federal Reserve Bank de Nova Iorque, em Nova Iorque, EUA, para tratar de assuntos institucionais. (fechado à imprensa)

15h: Balança comercial

EUA

9h30: Índice Empire State de atividade industrial de outubro

China

23h: Produção industrial de setembro

23h: Taxa de desemprego

23h PIB do terceiro trimestre

23h: Vendas no varejo de setembro

3. Noticiário econômico

Guedes quer corrigir ‘erros do teto’; equipe de Lula quer regra flexível

Confirmado esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro no cargo num eventual segundo mandato, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer uma mudança no arcabouço fiscal para corrigir o que classifica de erros no desenho do teto de gastos. Já a equipe de Lula quer um arcabouço mais “flexível”, com espaço para aumentar os investimentos e reforçar as políticas públicas e os programas de governo para os quais tem acenado na campanha.

Guedes defende uma regra de controle das despesas e insiste que o “espírito do teto de gastos”, criado no governo Michel Temer, é bom para a economia, embora considere que a regra tenha sido mal construída. Para ele, numa nova tendência, a referência da dívida pública é o que “traduz” sustentabilidade fiscal.

As alternativas de Lula

As prioridades da equipe de Lula são as áreas social, educação, saúde e ciência e tecnologia, além de investimentos em projetos capazes de impulsionar o crescimento da economia. É o caso da volta do Minha Casa Minha Vida, programa habitacional dos governos do PT que tem recebido atenção especial de Lula nos eventos da campanha.

Lula já disse e repetiu que quer reforçar o regime de resultados primários no novo arcabouço fiscal e para isso tem dito que fará superávits dentro de uma condução responsável das contas públicas, caso eleito. Essa é a proposta que mais lhe agrada, que conta também com um modelo de meta fiscal de resultado primário mais flexível com fixação de “bandas” com metas variáveis conforme o ciclo econômico.

Brasil deve indicar Goldfajn à presidência do BID

O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer indicar o nome do ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O cargo está vago desde o mês passado com a demissão de Mauricio Claver-Carone, após investigação interna concluir que o americano havia mantido relações íntimas com uma funcionária – em desacordo com as normas da instituição.

Atrás de apoio, Guedes já conversou com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, aproveitando sua viagem a Washington para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional. Atualmente, Goldfajn é diretor no próprio FMI.

4. Noticiário político

Lula e Bolsonaro travam batalha de rejeição no primeiro debate do segundo turno

O primeiro debate entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, realizado por um pool de emissoras formado por TV Bandeirantes, TV Cultura, Folha de S.Paulo e UOL no domingo (16), mais uma vez exaltou a tônica de troca de ataques entre os candidatos ao Palácio do Planalto em detrimento a um foco propositivo das campanhas.

Analistas políticos consultados pelo InfoMoney viram Lula e Bolsonaro empenhados em uma estratégia para alimentar a rejeição ao oponente e construir recortes favoráveis de enfrentamentos que possam ser explorados por suas campanhas ao longo dos próximos dias em peças publicitárias e materiais para as redes sociais.

De um lado, Lula buscou desgastar o adversário com questionamentos sobre políticas públicas na área da Educação e sobretudo a postura adotada por Bolsonaro no combate à pandemia de Covid-19. A agenda ambiental, também frequentemente levantada por críticos à atual administração, foi outro ponto explorado pelo petista.

Já o presidente Bolsonaro concentrou esforços em atacar Lula pelo flanco da corrupção − estratégia adotada pelo candidato já desde antes do primeiro turno. O presidente, porém, contou com o reforço do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), com quem reatou recentemente, nesta ofensiva. Em outro flanco, o mandatário também buscou fazer associações do adversário ao crime organizado.

Covid

O Brasil registrou neste domingo (16) duas mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 687.197 desde o início da pandemia.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 41. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -47%.

No total, o país registrou 616 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 34.792.386 casos conhecidos desde o início da pandemia.

A MRV (MRVE3) reportou vendas líquidas com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,805 bilhão no terceiro trimestre de 2022, um recuo de 13,6% na comparação com igual etapa de 2021.

A Tenda (TEND3) registrou um valor geral de vendas (VGV) de R$ 546,4 milhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 24,6% frente ao mesmo período do ano passado.

As vendas líquidas somaram R$ 489,3 milhões, um recuo de 36,5% na mesma base de comparação.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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