Asset brasileira investe R$ 10 milhões em mineradora de Bitcoin na Argentina
setembro 29, 2022Em meio a um momento de forte baixa no preço do Bitcoin (BTC), a gestora brasileira New Asset anuncia um aporte de R$ 10 milhões para expandir os negócios de uma mineradora de BTC com sede na Argentina.
Fundada pelo empresário John Blount este ano, a FMI Minecraft Management planeja usar o capital para abrir uma fazenda de mineração para produzir a criptomoeda na Zona Franca de Zapala, no país vizinho. Além disso, diz aguardar a aprovação do marco regulatório do mercado cripto para entrar no Brasil.
“Essa parceria entre FMI e New Asset vai trazer aos investidores uma janela de oportunidades de investimento no setor de tecnologia para o mining que antes estava disponível apenas para investidores institucionais”, explica, em nota, Cleberson Gavioli, que fundou a New Asset ao lado da empresária Carolina Paiffer.
A mineração de Bitcoin é uma atividade que envolve a compra de equipamentos especializados, chamados de ASICs, que se conectam à rede da criptomoeda para ajudar na verificação dos dados de transações.
Quanto maior a quantidade de interessados na tarefa, mais potente deve ser a máquina para ter a chance de checar um conjunto de dados a cada 10 minutos – como recompensa, o minerador “premiado” recebe 6,25 BTC, avaliados atualmente em US$ 121,3 mil.
O setor de mineração enfrenta dificuldades no mundo inteiro por conta do preço do Bitcoin, que ronda as mínimas de quase dois anos, a cerca de US$ 19 mil. Segundo especialistas, esse preço deixa a criptomoeda perto do custo da unidade minerada, ainda sem descontar o gasto de energia – o que, na prática, significa que o negócio, nessas condições, deixa de ser rentável.
Com o aporte, no entanto, a New Asset aposta em uma estratégia de longo prazo. Segundo a FMI, apesar de entregar menor retorno imediato, a mineração oferece mais sustentabilidade para o investimento nessa classe de ativos. “A mineração é a forma mais barata de se adquirir bitcoins e fazer parte da infraestrutura básica da rede”, afirma Eduardo Meyer, Sócio da FMI.
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