Ibovespa futuro avança seguindo otimismo externo em semana de inflação nos EUA e ata do Copom; dólar e juros caem

O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (8), em linha com pré-mercado em Nova York, em semana marcada por dados de inflação nos EUA e no Brasil, além da divulgação da Ata do Copom.

A temporada resultados corporativos será intensa nesta semana. Hoje serão divulgados os resultados do Itaú Unibanco (ITUB4), Banco Modal (MODL11), Direcional (DIRR3), Mitre (MTRE3), São Martinho (SMTO3) e mais empresas após o fechamento dos mercados.

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Às 9h23 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento para agosto operava em alta de 0,95%, aos 107.715 pontos.

A maioria dos juros futuros operam em baixa: DIF23 (janeiro para 2023), 0,00 pp, a 13,76%; DIF25, -0,14 pp a 11,98%; DIF27, -0,14 pp, a 11,87%; e DIF29, -0,15 pp, a 12,08%.

Em Wall Street, os principais índices seguem com ganhos após a terceira semana consecutiva de alta, com os investidores atentos a divulgação do CPI esta semana.

A nova leitura de inflação dará aos investidores mais esclarecimentos sobre o próximo passo do banco central em sua reunião de política em setembro. Os traders agora estão precificando uma probabilidade maior de um aumento de 0,75 ponto percentual no próximo mês, o que seria o terceiro aumento consecutivo dessa magnitude.

Em destaque, o mercado financeiro continua o movimento de revisar para baixo a projeção para a inflação deste ano, mas subir a do próximo, mostram dados do Relatório Focus divulgados nesta segunda.

A estimativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2022 caiu de 7,15% na semana passada para 7,11% hoje, mas a de 2023 subiu de 5,33% para 5,36%. É a 6ª semana seguida de queda na expectativa para este ano, mas a 17ª de alta para a de inflação do próximo ano.

O Dow Jones futuro subia 0,46%, enquanto o futuro do S&P 500 avançava 0,58% e o Nasdaq futuro operava com alta de 0,74%.

Os papéis de tecnologia de Hong Kong puxaram o índice mais amplo para baixo nesta segunda, com os mercados asiáticos fechando sem direção definida. O SoftBank subiu 0,74% antes do anúncio de resultados, onde o Vision Fund da empresa de tecnologia registrou uma perda de 2,93 trilhões de ienes japoneses (US$ 21,68 bilhões) no trimestre de junho.

O prejuízo líquido geral da gigante de tecnologia no trimestre foi de 3,16 trilhões de ienes, em comparação com um lucro de 761,5 bilhões de ienes um ano atrás.

No fim de semana, a China divulgou dados comerciais de julho que mostraram que as exportações denominadas em dólar cresceram 18% em comparação com um ano atrás, desempenho acima das expectativas dos analistas de um aumento de 15%, informou a Reuters.

Já o índice de Hang Seng (-0,8%) encerrou em baixa após a cidade de Hong Kong reportar o maior volume de novos casos da Covid-19 desde abril e o anúncio novos lockdowns em Hainan catalisarem novas preocupações com a retomada econômica chinesa. Além disso, a escalada das atividades militares realizadas ao redor de Taiwan também adiciona um novo risco de cauda para os ativos locais.

Já os mercados europeus operam no campo positivo na sessão de hoje, em um dia de agenda esvaziada por lá e com os investidores de olho em lucros corporativos e nos principais dados econômicos, avaliando o risco de recessão.

Siemens Energy, Porsche e BioNTech reportaram resultados antes do começo do pregão de hoje.

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