Futuros de NY e bolsas da Europa sobem em semana marcada por inflação nos EUA; resultados e mais assuntos do mercado hoje
agosto 8, 2022Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, enquanto as bolsas da Europa e os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta segunda-feira (8), à medida que o mercado avalia as perspectivas de aumentos mais agressivos nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) e uma temporada de resultados corporativos acima do esperado até o momento.
As bolsas americanas completaram três semanas de alta consecutivas ajudadas por lucros resilientes e dados de empregos surpreendentemente fortes, aliviando alguns temores de recessão. O mercado de trabalho resiliente também sinalizou que a economia poderia suportar mais aumentos de juros do Fed.
No front econômico, uma nova leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla) nos EUA, com divulgação para a próxima quarta-feira (10), dará aos investidores mais esclarecimentos sobre o próximo passo do Fed na sua próxima reunião. O mercado agora está precificando uma probabilidade maior de um aumento de 0,75 ponto percentual no próximo mês, o que seria o terceiro aumento consecutivo dessa magnitude.
O CPI principal, que inclui energia e alimentos, deve cair para 8,7% em julho, de uma alta de 40 anos de 9,1% em junho, segundo a Dow Jones.
Já a agenda doméstica tem como destaque a “super terça”, com a ata do Copom e o IPCA de julho. O Itaú espera uma deflação de 0,61%, levando a taxa anual para 10,1% (de 11,9% em junho).
A temporada resultados corporativos segue a todo vapor com a divulgação de resultados do BB Seguridade (BBSE3), Banco Pan (BPAN4) e Portobello (PTBL3) hoje antes da abertura do mercado.
Enquanto Itaú Unibanco (ITUB4), Banco Modal (MODL11), Direcional (DIRR3), Mitre (MTRE3), São Martinho (SMTO3) e mais empresas reportam resultados após fechamento.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA seguem com ganhos após a terceira semana consecutiva de alta, com os investidores atentos a divulgação do CPI esta semana.
A nova leitura de inflação dará aos investidores mais esclarecimentos sobre o próximo passo do banco central em sua reunião de política em setembro. Os traders agora estão precificando uma probabilidade maior de um aumento de 0,75 ponto percentual no próximo mês, o que seria o terceiro aumento consecutivo dessa magnitude.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), +0,20%
- S&P 500 Futuro (EUA), +0,27%
- Nasdaq Futuro (EUA), +0,48%
Ásia
Os papéis de tecnologia de Hong Kong puxaram o índice mais amplo para baixo nesta manhã, com os mercados asiáticos fechando sem direção definida. O SoftBank subiu 0,74% antes do anúncio de resultados, onde o Vision Fund da empresa de tecnologia registrou uma perda de 2,93 trilhões de ienes japoneses (US$ 21,68 bilhões) no trimestre de junho.
O prejuízo líquido geral da gigante de tecnologia no trimestre foi de 3,16 trilhões de ienes, em comparação com um lucro de 761,5 bilhões de ienes um ano atrás.
No fim de semana, a China divulgou dados comerciais de julho que mostraram que as exportações denominadas em dólar cresceram 18% em comparação com um ano atrás, desempenho acima das expectativas dos analistas de um aumento de 15%, informou a Reuters.
- Shanghai SE (China), +0,31%
- Nikkei (Japão), +0,26%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -0,77%
- Kospi (Coreia do Sul), +0,09%
Europa
Os mercados europeus operam no campo positivo nesta segunda-feira, em um dia de agenda esvaziada por lá e com os investidores de olho em lucros corporativos e nos principais dados econômicos, avaliando o risco de recessão.
Siemens Energy, Porsche e BioNTech reportaram resultados antes do começo do pregão de hoje.
- FTSE 100 (Reino Unido), +0,42%
- DAX (Alemanha), +0,44%
- CAC 40 (França), +0,52%
- FTSE MIB (Itália), +0,18%
Commodities
As cotações do petróleo recuam nesta segunda-feira, próximas das mínimas de meses, uma vez que os temores de recessão prejudicaram as perspectivas de demanda e os dados apontaram para uma lenta recuperação nas importações de petróleo da China no mês passado.
A China, o maior importador de petróleo do mundo, importou 8,79 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo em julho, acima da mínima de quatro anos em junho, mas ainda 9,5% menor do que há um ano, mostraram dados alfandegários.
- Petróleo WTI, -0,78%, a US$ 88,32 o barril
- Petróleo Brent, -0,75%, a US$ 94,21 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 4,31%, a 737,50 iuanes, o equivalente a US$ 109,06
Bitcoin
- Bitcoin, +5,13% a US$ 24.127,45 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
Depois de repercutirem mais uma alta na taxa Selic, para o maior patamar em cinco anos, os investidores vão olhar com atenção para a ata da reunião em que a decisão foi tomada. A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) será divulgada na terça-feira (9), antes da abertura da Bolsa.
Também na terça-feira será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de julho. O Itaú espera uma deflação de 0,61%, levando a taxa anual para 10,1% (de 11,9% em junho).
Na agenda de indicadores da economia brasileira, as vendas do varejo, referentes a junho, saem na quarta-feira (10). O Itaú prevê uma retração de 1,5% no núcleo do índice em relação a maio. Para o índice amplo, que inclui veículos e material de construção, esperamos um recuo de 1,3% na margem. Na quinta-feira (11) é a vez do número do setor de serviços.
Dados de atividade e inflação também são destaque nos Estados Unidos, China e Europa. Na quarta-feira, tem o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Na média das projeções do consenso Refinitiv, o CPI de registrar avanço de 0,2% em julho, na comparação com junho.
Na quinta-feira é a vez do índice de preços ao produtor (PPI) e a média das projeções do mercado aponta para uma alta mensal de 0,3% em julho na comparação com o mês anterior.
Na Ásia, os índices de preços da China e no Japão saem na terça-feira (9) à noite. Na Europa, os dados estão concentrados na reta final da semana, com PIB do Reino Unido e produção industrial da zona do euro previstos para sexta-feira (12).
Brasil
8h: Índice IPC-S semanal
8h25: Boletim Focus
15h: Balança comercial
3. Bolsonaro se reúne com bancos
O presidente Jair Bolsonaro participa nesta segunda de evento da Febraban e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), na sede da federação.
No encontro, Bolsonaro e seus ministros devem fazer um apelo aos banqueiros a respeito das taxas de juros que poderão ser cobradas sobre operações de empréstimos consignados para quem recebe o Auxílio Brasil.
Caminhoneiros começam a receber benefício emergencial amanhã
Os caminhoneiros com CPF válido e cadastrado no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C) até 31 de maio de 2022, na modalidade “Ativo”, começam a receber as primeiras parcelas do benefício emergencial aos transportadores autônomos de carga a partir de 9 de agosto.
Gasolina fica 14,01% mais barata nas bombas em julho
O preço médio do litro da gasolina foi de R$ 6,50 nos postos de combustíveis do país em julho, uma queda de 14,01% em relação a junho. O etanol foi vendido a R$ 5,50 e ficou 8,34% mais barato em comparação ao mesmo período. Os dados foram divulgados pela Ticket Log, que faz levantamento periódico dos preços (IPTL).
4. Covid
No último domingo (7), o Brasil registrou 39 mortes e 6.388 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.
A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 210, redução de 11% em comparação com o patamar de 14 dias antes.
A média móvel de novos casos em sete dias foi de 26.301, o que representa baixa de 39% em relação ao patamar de 14 dias antes.
Chegou a 169.227.571 o número de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 78,77% da população.
O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 179.995.308 pessoas, o que representa 83,78% da população.
A dose de reforço foi aplicada em 101.529.728 pessoas, ou 47,24% da população.
5. Radar Corporativo
A Petrobras celebrou novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
O aditivo assinado na sexta-feira (5) se refere ao perfil de compromissos de entregas pela YPFB dos volumes de gás contratados pela Petrobras, em função da disponibilidade atual da YPFB e dos contratos assumidos por ela com outros agentes do mercado de gás, como amplamente divulgado.
O aditivo prevê a manutenção do volume contratado máximo de 20 milhões de m3/dia, com flexibilização de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta, garantindo assim um fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas. Além disso, traz maior segurança e previsibilidade de suprimento de gás ao mercado atendido pela Petrobras.
O Santander (SANB11) aprovou a distribuição de R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio, sendo o equivalente a R$ 0,21774739699 por ação ordinária, R$ 0,23952213669 por ação preferencial e R$ 0,45726953368 por Unit, em valores brutos.
O montante líquido será de R$ 1,445 bilhão, equivalentes a R$ 0,18508528744 por ação ordinária, R$ 0,20359381618 por ação preferencial e R$ 0,38867910362 por Unit.
3R Petroleum (RRRP3)
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a transferência dos contratos de concessão de dois campos terrestres (onshore) de produção que formam o Polo Fazenda Belém, da Petrobras (PETR3;PETR4) à 3R Fazenda Belém, subsidiária integral da companhia.
Com isso, a 3R Fazenda Belém concluiu a aquisição do Polo e assumirá a operação do ativo a partir de 6 de agosto de 2022. O valor total da transação é de US$ 35,2 milhões, sendo US$ 8,8 milhões pagos na assinatura do contrato em agosto de 2020, US$ 4,6 milhões pagos nesta data, já descontado da geração de caixa acumulada desde abril de 2019 (effective date do contrato), e US$ 10,0 milhões a serem pagos doze meses após o fechamento da transação.
A Eletrobras (ELET3;ELET6) informou na noite de sexta, por meio de fato relevante, que seu conselho de administração elegeu Wilson Ferreira Júnior como novo presidente da companhia, autorizando que sua posse ocorra até 20 de setembro de 2022. A informação havia sido antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mais cedo.
Rodrigo Limp Nascimento, eleito como diretor de Regulação e Relações Institucionais, seguirá no cargo de presidente interino até a posse de Ferreira Jr.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)
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