Rejeição ao governo Bolsonaro chega a 50%, menor patamar em um ano, mostra Ipespe
junho 3, 2022SÃO PAULO – Após atingir o patamar mais alto da série histórica em janeiro, a rejeição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) acumula uma redução de 5 pontos percentuais em cinco meses. É o que mostra a nova rodada da pesquisa Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (3).
Segundo o levantamento, 50% dos eleitores avaliam a atual administração como ruim ou péssima. Apesar de elevada para um candidato à reeleição, a taxa é a menor em um ano. Já o grupo dos que classificam o governo como ótimo ou bom soma 31% – mesmo patamar registrado na pesquisa da semana passada. Outros 18% consideram a gestão regular, e 1% preferiram não opinar.
A leve recuperação de Bolsonaro coincide com uma tímida melhora da atividade econômica em meio a um novo momento da pandemia de Covid-19 no país e ao cenário mais favorável no mercado de trabalho. Por outro lado, a percepção geral do eleitor sobre a economia segue negativa, sobretudo com a preocupação em relação à inflação.
De acordo com a pesquisa, 61% dos entrevistados acreditam que a economia brasileira está no caminho errado, contra 33% que pensam o contrário. A esmagadora maioria (96%) afirmam que os preços dos produtos aumentaram recentemente, e 63% acreditam que ainda haverá mais altas nos próximos meses.
O levantamento foi realizado entre os dias 30 e 31 de maio e contou com 1.000 entrevistas telefônicas. Foram ouvidos eleitores com 16 anos ou mais, de todas as regiões do Brasil, respeitando a proporção da população. O levantamento contou com cotas de sexo, idade e localidade; e controle de instrução, renda e recall do voto presidencial 2018.
A margem de erro estimada é de 3,2 p.p.. Já o intervalo de confiança é de 95,5%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro do limite da margem de erro.
A pesquisa Ipespe foi feita a pedido da XP Investimentos e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-02893/2022.