No maior saque mensal desde 2002, investidores tiram R$ 91,1 bilhões de fundos em abril
maio 8, 2020SÃO PAULO – A indústria de fundos de investimento registrou resgaste líquido de R$ 91,1 bilhões em abril, o maior saque mensal desde 2002, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A renda fixa teve a principal contribuição para o resultado, com retiradas maiores que os aportes em R$ 58,6 bilhões no mês passado.
“Os fundos de renda fixa já vinham perdendo a atratividade há algum tempo devido às reduções da taxa de juros e a expectativa de manutenção por um período longo”, disse Carlos André, vice-presidente da Anbima, em nota. “As incertezas e a instabilidade na economia, por conta da pandemia, impulsionaram os resgastes, especialmente dos fundos utilizados pelos investidores como reserva de emergência. Parte deste dinheiro, provavelmente, foi direcionada para conta corrente para pagamento de despesas.”
Reversão de tendência
Até a classe de ações, que vinha com captação líquida nos três primeiros meses do ano, teve resgate líquido no mês passado, de R$ 637,9 milhões.
“Os resgates nos fundos de ações apareceram apenas em abril, pois a maioria deles tem prazo de liquidação de 30 ou 60 dias. Apenas em maio, teremos uma visão mais ampla do impacto da pandemia sobre esse segmento”, explicou Carlos André.
Os multimercados, que também vinham com captação nos três primeiros meses do ano, tiveram saídas da ordem de R$ 13,4 bilhões em abril.
2020
Com os resultados de abril, no acumulado do ano, a indústria de fundos tem saída líquida de R$ 69,6 bilhões. A renda fixa novamente é a líder nos resgates, que chegam a R$ 121 bilhões.
Já os fundos de ações lideram a captação no ano, com entradas de R$ 44,3 bilhões. Também no campo positivo em 2020 estão os multimercados, com R$ 9 bilhões.
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