Após se aproximar de Bolsonaro, governador do DF adia reabertura do comércio
abril 30, 2020O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu adiar a reabertura do comércio para, pelo menos, até 11 de maio em virtude da pandemia do novo coronavírus. A previsão anterior era retomar as atividades no próximo domingo, 3. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, 29.
A informação foi confirmada pelo governador ao Estado. Ibaneis tem se aproximado do presidente Jair Bolsonaro. O governador chegou a apoiar a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde e também comemorou a saída de Sergio Moro da Justiça.
O presidente já citou o DF como exemplo de local que pretendia afrouxar o isolamento social. Os governantes discutiram, inclusive, a reabertura de escolas cívico-militares e militares em Brasília, o que não ocorreu.
Apesar dos acenos a Bolsonaro, o governador Ibaneis tem dito à equipe que só irá afrouxar a quarentena com aval de sua secretaria de Saúde. O DF tem 1.275 casos da covid-19 e 28 mortes, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde. Mesmo com o adiamento da reabertura do comércio, a população do DF terá de usar máscaras ao sair de casa a partir de quinta-feira, 30. O governo, no entanto, adiou a aplicação de multas para quem descumprir a medida.
Por meio de nota, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informou que, devido à decisão de adiar a abertura do comércio, os usuários do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal (STPCDF) ainda poderão circular nos ônibus sem a obrigatoriedade do uso da máscara de proteção individual. As operadoras do sistema de transporte foram orientadas a não impedir o embarque e a viagem de nenhum passageiro que não estiver utilizando o item.
Antes de exigir o uso obrigatório das máscaras, a secretaria fará uma campanha educativa sobre a importância de utilizá-la e determinou às empresas que orientem colaboradores. O governo do DF está repassando para as operadoras do sistema máscaras de proteção que serão distribuídas em alguns terminais rodoviários e do metrô para pessoas sem condições de acesso ao produto.