COI assumirá custos extras gerados por adiamento dos Jogos Olímpicos
abril 29, 2020O alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), admitiu, em carta divulgada nesta quarta-feira (29), que a entidade que comanda deverá assumir os milionários custos extras gerados pelo adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021.
O dirigente esportivo assume que o montante citado pode chegar a centena de milhões de dólares, pela realização do evento poliesportivo na capital japonesa ter sido alterado para o próximo ano, devido a pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
No texto, dirigido ao Movimento Olímpico, Bach aponta que o COI terá uma “tarefa imensa”, mas assume todas as responsabilidades pela decisão de alterar a data original dos Jogos, que começariam em 24 de julho deste ano.
“Temos deixado claro que o COI seguirá sendo responvável carga operativa sobre os custos dos Jogos, em virtude dos termos do acordo para 2020, com nossos sócios e amigos japoneses. No entanto, é muito cedo para dar um valor exato”, admite o presidente do Comitê Olímpico Internacional.
Bach prevê no texto que o planeta sofrerá mudanças profundas após a pandemia da Covid-19 e que o evento poliesportivo não ficará alheio a esse cenário, por isso, tudo que gira em torno dos jogos será reavaliado.
“Todos temos que nos ajustar a essa nova realidade. Neste contexto, a administração do COI está revisando seu orçamento e suas prioridades”, explicou o dirigente.
O alemão, além disso, destacou a importância dos esportes para a saúde pública, garantindo que se trata, junto com as atividades físicas pessoais, na ferramenta mais econômica para uma sociedade saudável.
“Devemos pedir encarecidamente aos governos que levem em conta a imensa contribuição do esporte à saúde pública, sua importância para a inclusão, para a vida social, para a cultura e seu papel importante nas economias nacionais. Não somos parte do problema, mas podemos ser parte da solução”, disse.
O presidente do COI ainda admitiu que as medidas de restrição e confinamento permite um novo olhar dos dirigentes aos e-sports, que foram utilizados por diversas entidades para mantê-las com certa atividade, como a Premier League, que gere o Campeonato Inglês, a NBA, a Fórmula 1, entre outras.
“Devemos considerar o que o distanciamento social pode significar para nossas relações com os esportes eletrônicos. Incentivamos todas as partes interessadas que, com maior urgência, estudem a forma de administrar os modelos eletrônicos e virtuais de seus esportes, e explores as oportunidades com os produtores de jogos”, afirmou.
*Com EFE