Sergipe é o estado do país com maior índice de violência psicológica
maio 9, 2021Em Sergipe, 425 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica, física ou sexual nos 12 meses anteriores à entrevista, o que corresponde a 24,9% da população a partir deste grupo de idade. Este percentual é acima do registrado na região Nordeste (18,7%). Na análise por regiões, percebe-se um percentual menor na região Sul (16,7%) e maior na região Nordeste (18,7%). Em Aracaju, capital do estado, o percentual foi superior, chegando a 28,1% dos entrevistados.
Na análise por sexo, o percentual de mulheres que sofreram alguma violência (27,2%) é superior quando comparado com os homens (19,4%). Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (35,6%); de 30 a 39 anos (28,7%); de 40 a 59 anos (20,8%) e 60 anos ou mais
(14,0%).
Os percentuais relacionados a pessoas que sofreram algum tipo de violência é maior entre a população preta (20,8%) e parda (25,8%) do que entre a branca (16,4%). A mesma tendência ocorreu com a população com menor rendimento (sem rendimento até 1/4 do salário mínimo), em comparação com a de maior rendimento (mais de 5 salários mínimos), 27,6% e 18,0%, respectivamente.
Ainda, em Sergipe 65 mil pessoas deixaram de realizar suas atividades habituais em decorrência da violência sofrida, o que representa 15,4% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. Para as Grandes Regiões, foram identificadas as seguintes proporções: Nordeste (14,3%); Norte (11,0%); Centro-Oeste (12,5%); Sul (10,1%); Sudeste
(11,3%). As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 21,0% e 6,7%, respectivamente.
Violência Psicológica
Em 2019, Sergipe apresentou o maior percentual do país de pessoas que sofreram agressão psicológica. O PNS estimou que em Sergipe, 407 mil de pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 23,9% da população a partir dessa idade. Com isto, Sergipe é o estado da federação com maior percentual de pessoas que sofreram tal tipo de violência. Este índice é superior à média
nordestina (17,7%). Em Aracaju, 26,4% das pessoas afirmaram ter sofrido violência psicológica, sendo também o maior índice nacional entre as capitais.
Na análise por sexo, o percentual de mulheres vítimas de violência psicológica (25,9%) foi maior do que entre homens (21,7%). Por faixa etária, o percentual da população mais jovem (18 a 29 anos) que sofreu violência psicológica (33,6%) é praticamente quase o triplo do que o registrado na população com 60 anos ou mais (13,4%). Ainda, este percentual é superior na população preta (25,3%) e parda (24,6%), do que na população branca (20,9%).
Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas a sofrerem este tipo de agressão: 27,1% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 18,0% das pessoas com mais de 5 salários mínimos.
Violência sexual
Em Sergipe, 99 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram com violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 5,8% da população. Para as Grandes Regiões, foram identificadas as seguintes proporções: Norte (4,7%), Nordeste (4,5%); Centro-Oeste e Sudeste (4,0%); e Sul (3,8%). Em relação a violência por gênero, em Sergipe, o percentual de vítimas do sexo feminino foi de 6,5%, enquanto o dos homens, 5,0%.
No que diz respeito a proporção de pessoas que sofreram agressão sexual alguma vez na vida, estima-se que, no estado de Sergipe, 122 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de tal violência, o que corresponde a 7,2% desta população. Este percentual é o segundo maior da região Nordeste, ficando atrás do Maranhão (7,9%). Ainda, é quase 3 vezes maior entre mulheres (10,4%) do que entre homens (3,6%). O grupo etário que mais sofreu com tal violência foi o de pessoas com idade entre 30 a 39 anos (8,8%). Considerando-se cor ou raça, tal violência incidiu mais entre pretos (9,3%) do que brancos (8,9%).
Fonte: IBGE