NBA ainda não sabe tamanho do prejuízo por paralisação do coronavírus
março 26, 2020Adam Silver, comissário da NBA, ainda não tem ideia do tamanho do impacto negativo da pandemia do coronavírus para as finanças da liga. Silver disse que o prejuízo só vai aparecer no momento em que for possível saber quando os jogos poderão voltar a ser disputados.
A NBA está parada desde 11 de março, quando foi anunciada a contaminação de Rudy Gobert, do Utah Jazz. Desde então, outros nove atletas foram diagnosticados.
“Ainda é muito cedo para saber qual será o impacto econômico”, declarou Silver. “Nós analisamos diariamente, ou até de hora em hora, todos os cenários possíveis e vamos continuar revendo as consequências financeiras. Obviamente não é um bom cenário, mas todos, não importa qual seja o ramo de atividade, estão no mesmo barco.”
A temporada regular acabaria em 15 de abril, mas já é sabido que não será possível retornar às atividades até lá. Isso significa que 259 partidas ficarão acumuladas, sem contar os playoffs. No acordo coletivo entre os jogadores e a liga, há uma cláusula que determina que a NBA pode reter 1,08% do salário de cada um por cada partida não realizada em razão de força maior, como uma guerra ou pandemia. Essa cláusula, porém, só pode ser acionada caso os jogos sejam cancelados, o que ainda não é o caso.
Em conversa com as franquias, a diretoria da NBA disse que espera finalizar o campeonato até agosto, mas é evidente que essa previsão pode mudar de uma hora para outra. “Estamos explorando todas as opções para recomeçar nossa temporada quando for seguro fazê-lo. Nada está fora da mesa”, afirmou Silver.
A atual temporada tem sido um pesadelo para a NBA, que teve que enfrentar uma controvérsia com a China, por causa de declarações de um dirigente do Houston Hockets, a morte do ex-comissário David Stern, a tragédia que tirou a vida do ídolo Kobe Bryant e, agora, a pandemia do coronavírus.
* Com Estadão Conteúdo