Demora em chegada de insumos não atrasará produção de vacina de Oxford, diz presidente da Fiocruz

Demora em chegada de insumos não atrasará produção de vacina de Oxford, diz presidente da Fiocruz

fevereiro 5, 2021 Off Por JJ

Frasco da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 em hospital do Rio de Janeiro 27/01/2021 REUTERS/Pilar Olivares
Frasco da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 (REUTERS/Pilar Olivares)

RIO DE JANEIRO – A demora na chegada ao Brasil do insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 não provocará o atraso no envase de doses do imunizante pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), disse nesta sexta-feira a presidente da entidade, Nísia Trindade, acrescentando que a vacina deve começar a ser distribuída em março.

A previsão inicial era que os lotes do IFA começassem a chegar ao Brasil em janeiro, mas isso não aconteceu e somente no sábado os três primeiros lotes chegarão ao país para serem transformados em 15 milhões de doses iniciais da vacina.

A meta da Fiocruz é produzir cerca de 100 milhões de doses até julho e, no 2º semestre, entregar outras 110 milhões de vacinas que já serão produzidas com IFA próprio.

A produção do insumo faz parte de um acordo de transferência de tecnologia que ainda não foi integralmente formalizado.

“Não teremos atraso no nosso cronograma e na nossa entrega até julho. O início teve uma atraso que esperamos compensar nos próximos meses”, disse a presidente da Fiocruz a jornalistas.

“A perspectiva é produzir o primeiro lote de pré-validação na semana que vem e já entramos em paralelo com pedido de registro na Anvisa, teremos reunião para tirar dúvidas e não ter atraso… a primeira entrega deve ocorrer entre 12 e 15 de março.”

De acordo com o diretor de Biomanguinhos, uma unidade da Fiocruz, Mauricio Zuma, a produção da vacina de Oxford pela entidade deve ser rapidamente acelerada.

“A nossa vacina será muito boa e esse início estamos na curva de aprendizado, mas depois vamos ganhar escala e acelerar”, previu.

A presidente da Fiocruz disse ainda que, uma vez atendida a necessidade dos brasileiros por vacinas, será possível exportar o imunizante para outros países.

No momento, a esmagadora maioria da vacinação contra Covid-19 no Brasil está sendo feita com a CoronaVac, vacina do laboratório chinês Sinovac, que está sendo envasada no Brasil pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo do Estado de São Paulo.

O Butantan entregou 9,8 milhões de doses do imunizante ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Além desse volume, também estão sendo usadas 2 milhões de doses da vacina de Oxford importadas prontas da Índia. Esses dois imunizantes foram os únicos até o momento a obterem autorização para uso emergencial no país da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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