Plano SP: região metropolitana e mais 5 regiões avançam para Fase Amarela; veja o que muda

Plano SP: região metropolitana e mais 5 regiões avançam para Fase Amarela; veja o que muda

fevereiro 5, 2021 Off Por JJ

Doria coletiva
(Reprodução)

SÃO PAULO – Nesta sexta-feira (5), em mais uma reclassificação do Plano São Paulo, o governo do estado anunciou que 10 regiões progrediram graças à queda nos números de internações e ocupações de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“Tínhamos em 21 de janeiro uma taxa média de ocupação de leitos de UTI no estado de 71,6% e nesta sexta-feira estamos em 67,2%. Evolução importante”, diz Marco Vinholi, secretário de desenvolvimento regional, em coletiva realizada nesta sexta-feira (5).

O Plano SP divide o estado em regiões e cada uma delas é classificada em uma fase. São cinco, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelha) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarela), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul).

Seis regiões (região metropolitana de São Paulo, Registro, Araçatuba, Baixada Santista, Presidente Prudente e Campinas) avançam da Fase Laranja para a Fase Amarela.

A flexibilização começa a valer a partir da próxima segunda-feira (8). “Essas regiões ganham duas horas de funcionamento para todos os setores e serviços, até as 22h”, explicou Patrícia Ellen, secretária do desenvolvimento econômico.

As regiões de Barretos, Ribeirão Preto, Marília e Taubaté passam da Fase Vermelha para a Laranja. Ainda, Franca, Araraquara e Bauru estão na Fase Vermelha.

Regiões que estejam na Fase Vermelha deverão suspender as operações de estabelecimentos considerados não essenciais, como bares, restaurantes, comércios de rua e shopping centers. Apenas serviços considerados essenciais podem funcionar, como farmácias, mercados, padarias e bancos.

Na Fase Laranja, o funcionamento é permitido a todos os comércios e serviços em dias da semana – no caso dos não essenciais, até as 20h. A capacidade de ocupação dos estabelecimentos é reduzida para 40% e o funcionamento máximo é de 8h diárias. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido.

Já na Fase Amarela, bares, comércio, shoppings, serviços, academias, eventos, convenções e atividades culturais podem funcionar ainda com capacidade limitada a 40% do total, mas horário ampliado em relação à Fase Laranja, entre 6h e 22h.

Até então, 82% da população do estado estava na Fase Laranja e outros 18% na Fase Vermelha. Com a atualização, 66% da população passa para a Fase Amarela, 27% segue na Laranja e 8% se mantém na Vermelha.

Apesar do relaxamento nas restrições de algumas regiões, João Gabbardo, executivo do Centro de Contingência contra a Covid-19, reforçou que para as regiões na Fase Amarela, a partir das 22h, e para as regiões na Fase Laranja, a partir das 20h, a recomendação é seguir com as regras da Fase Vermelha, só com comércios e serviços essenciais funcionando. “Estamos em um momento sensível, vacinando as pessoas mais suscetíveis para que, mais para frente, seja possível reduzir ainda mais os números da Covid-19 no estado”, afirmou.

Na última quarta-feira (3), a gestão do governador João Doria (PSDB) já havia flexibilizado as restrições do Plano São Paulo, ao suspender a colocação de todo o estado na Fase Vermelha durante o período noturno e os finais de semana.

Insumos para a CoronaVac a caminho

Segundo Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, a partir da próxima quarta-feira (10), chegam mais 5,6 mil litros de insumos para a produção da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela parceria entre o instituto paulista e a farmacêutica chinesa Sinovac. Na última quarta-feira (3), outros 5,4 mil litros chegaram ao Brasil.

Os insumos são do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), princípio ativo do imunizante e matéria-prima para que o Instituto Butantan possa continuar sua produção da CoronaVac.

“Ainda faltam 12 mil litros, que chegarão em duas levas: a primeira de 8 mil, e a segunda de 4 mil. Estamos esperando a autorização do governo chinês para fazer a importação”, explicou Covas. Segundo o diretor, os litros para a fabricação da vacina chegarão mês a mês, até completar cerca de 33,6 mil litros. A última entrega será em julho.

O Butantan entregou 8,7 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde até o final de janeiro. A projeção do Butantan é entregar mais 17,3 milhões de doses até o final de março. O total iria para 26 milhões de doses. Os novos litros permitirão concluir a produção de 46 milhões de doses, previstas no primeiro acordo firmado entre Instituto Butantan e Sinovac.

Um segundo acordo, de 58 milhões de doses, foi confirmado após o Ministério da Saúde mostrar interesse nas vacinas adicionais. Em coletiva de imprensa realizada em 29 de janeiro, Covas confirmou ter recebido a manifestação de interesse da pasta. O acordo foi assinado um dia depois.

Seriam então cerca 100 milhões de doses entregues. O prazo é até setembro deste ano, segundo projeção dada na coletiva desta sexta-feira por Covas.

Além da CoronaVac, o Ministério da Saúde também possui no portfólio a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Para distribuição do imunizante nacionalmente, a universidade e a farmacêutica britânicas realizaram um acordo de transferência de tecnologia com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Vacinação em São Paulo e no Brasil

Doria anunciou que, na tarde desta sexta-feira, o Butatan entregará mais 1,1 milhão de doses ao Ministério da Saúde para a distribuição nacional. Desse total, 248 mil ficarão em São Paulo, conforme a regra de proporcionalidade de cada estado, segundo Doria.

“Mesmo sem esse lote, 9 em cada 10 vacinas oferecidas na imunização dos brasileiros são oriundas do Butantan. Somando esse novo lote, são 9,8 milhões de doses já entregues ao Ministério da Saúde”, disse o governador, somando os 1,1 milhão de doses aos 8,7 milhões entregues até janeiro de 2021.

Segundo os últimos números do Vacinômetro, ferramenta digital desenvolvida em parceria com a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) que permite a qualquer pessoa acompanhar em tempo real o número de vacinados no estado, 708.839 pessoas foram vacinadas em São Paulo até as 13h15 desta sexta-feira.

Na próxima segunda-feira (8), começa em São Paulo a segunda fase da imunização, voltada para idosos acima de 90 anos. Na primeira fase de imunização, apenas profissionais da saúde, indígenas, quilombolas e idosos que moram em asilos foram vacinados em São Paulo e no Brasil, seguindo as diretrizes do PNI, do Ministério da Saúde.

Entretanto, algumas prefeituras começaram a adiantar os prazos para vacinação. É o caso, por exemplo, da cidade de São Paulo. A gestão de Bruno Covas (PSDB) começou a vacinar os idosos a partir de 90 anos nesta sexta-feira.

A partir do dia 15 de fevereiro, começa a imunização dos idosos de 85 a 89 anos em São Paulo. Segundo as últimas atualizações do governo paulista, ainda não há datas para as etapas seguintes de vacinação.

A prefeitura recomenda que o idoso seja acompanhado por apenas uma pessoa para evitar aglomerações. Deverão ser seguidos todos os protocolos sanitários vigentes, como distanciamento físico, uso de máscara e higienização com álcool em gel. Para encontrar a UBS mais próxima na capital paulista, acesse a página Busca Saúde da Prefeitura de São Paulo.

Já o balanço da vacinação no país inteiro aponta que os 26 estados e o Distrito Federal vacinaram 3.043.108 pessoas, segundo a última atualização, feita às 20h da quinta-feira (4), pelo consórcio de veículos de imprensa para quantificar o total de vacinados no Brasil.

O montante de vacinados no Brasil, que receberam pelo menos uma dose, equivale a aproximadamente 1,44% da população. Ainda segundo o consórcio, apenas 34,41% das doses disponíveis foram aplicadas até o momento.

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