Ano de 2021 será crucial para agenda de reforma fiscal no Brasil, diz Fitch

Ano de 2021 será crucial para agenda de reforma fiscal no Brasil, diz Fitch

fevereiro 1, 2021 Off Por JJ

A Fitch afirma que o grande déficit e a elevada dívida pública do Brasil são uma mostra dos “continuados desafios fiscais” do País, mesmo que o desempenho do ano passado tenha sido melhor do que o esperado.

Com eleições gerais marcadas para outubro de 2022, a agência avalia em relatório que “este ano será chave para revitalizar a agenda de reforma fiscal do governo, ao impulsionar a flexibilidade orçamentária e manter a credibilidade sobre o teto de gastos”.

A agência lembra que, na sexta-feira, foi informado que o déficit geral do governo do Brasil mais que dobrou, para 14% do Produto Interno Bruto (PIB), de cerca de 6% em 2019. A agência previa déficit de 16,4%.

Ela estima que a contração econômica do Brasil em 2020 tenha sido de mais de 4% e que a dívida geral do governo tenha avançado a 89,3% do PIB em 2020, de 74,3% em 2019, “bem acima da mediana da categoria BB” de rating.

A Fitch estima crescimento menor em 2021 e 2022 do déficit, com redução no déficit primário e crescimento do PIB. Em 2021, o déficit primário deve recuar a cerca de 3,1% do PIB, projeta.

A agência diz acreditar que o governo irá respeitar o teto de gastos neste ano. Mas sustenta que qualquer pressão política para elevar gastos sociais permanentes pode tornar essa tarefa difícil.

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