AES Tietê rejeita proposta da Eneva, Eletrobras aprova oferta; veja mais notícias corporativas desta segunda
abril 20, 2020SÃO PAULO – A AES Tietê rejeitou na noite de domingo a oferta hostil feita pela Eneva Energia na empresa. Em fato relevante, o Conselho de Administração da concessionária paulista citou a “incompatibilidade” entre os planos estratégicos das empresas, mas também não fechou a porta, ao dizer que no futuro poderá aceitar nova proposta.
Já a Eletrobras aprovou a oferta de R$ 232 milhões que a Evoltz Energia fez na sua participação restante na Manaus Transmissora de Energia (MTE).
Em outras notícias, a construtora MRV informou que pagará R$ 163,9 milhões em dividendos mínimos obrigatórios aos acionistas, relativos ao exercício de 2020. A MRV ainda não fixou uma data, contudo, para o pagamento. Confira os destaques:
AES TIETÊ (TIET11)
A AES Tietê rejeitou na noite de domingo a oferta hostil feita pela Eneva Energia na empresa. As negociações se arrastaram por mais de 45 dias. A oferta foi rechaçada por unanimidade pelo conselho de administração da AES Tietê. “Seus termos e condições são inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto de seus acionistas”, informou a concessionária paulista de energia.
A AES Tietê citou a “incompatibilidade” entre seus negócios e estratégias e os da Eneva. A AES Tietê citou uma série de razões para rechaçar a oferta da Eneva. Entre elas, estão o modelo diferente das empresas – a AES Tietê também é uma geradora baseada principalmente em usinas hidrelétricas, enquanto a Eneva usa termelétricas; a empresa paulista acredita ter sido subavaliada pela congênere carioca; e outro motivo é que a operação poderia comprometer a distribuição de dividendos aos acionistas.
A AES Tietê fará teleconferência às 11h da manhã de hoje para explicar a rejeição da oferta. Importante ressaltar que a empresa se disse aberta a uma possível nova proposta no futuro.
A Eletrobras aprovou a oferta vinculante de R$ 232 milhões feita pela Evoltz para adquirir a participação total da estatal, que é 49,5% do capital social, na Manaus Transmissora de Energia (MTE). A Evoltz Energia é controlada pelo fundo americano Seville, por sua vez um braço dos investidores do Texas Pacific Group (TPG).
No ano passado, a Evoltz comprou transmissoras de energia no Estado do Pará. A empresa já estava em negociações para comprar a MTE da Eletrobras desde 2018, quando a estatal manifestou seus planos de desinvestimento na Eletronorte e em outras subsidiárias na Região Norte do Brasil. A Eletrobras comunicou que quando a transação for aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outros órgãos reguladores, a Evoltz será a única acionista da transmissora manauara.
A construtora e incorporadora imobiliária MRV aprovou o pagamento de R$ 163,9 milhões aos acionistas como dividendos mínimos obrigatórios, relativos ao exercício de 2019. A MRV informou que decidirá em uma data posterior para o pagamento e também para a negociação “ex-dividendos” das ações MRVE3.
Segundo uma notícia publicada no jornal O Globo, o empresário Alexandre Accioly vendeu os 40% de participação que possuía nos restaurantes Fasano al Mare e Gero no Rio de Janeiro. A compradora teria sido a própria construtora e incorporadora paulista JHSF, que era sócia do empresário carioca nos empreendimentos gastronômicos. A JHSF não se manifestou sobre a informação.
A distribuidora de energia Elektro Redes, que opera em parte do interior paulista e no Mato Grosso do Sul, informou que adiará o pagamento de juros sobre capital próprio aos acionistas para 30 de dezembro de 2020. A Elektro argumenta que tomou a medida para preservar o caixa por causa da epidemia do coronavírus. Com o adiamento, a empresa segura uma soma aproximada de R$ 67,05 milhões.
O executivo Fernando Mano da Silva deixará a presidência da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) no dia 24 de abril. O Conselho de Administração da CPFL se reuniu na sexta-feira passada em Campinas (SP) e aprovou o nome do atual vice-presidente, Huang Futao, para ser diretor-presidente da empresa a partir do próximo dia 24. Além de diretor-presidente, Huang ocupará os cargos de diretor de Relações Institucionais e diretor de Novos Negócios, que também eram chefiados por Mano da Silva.
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